CHMT inicia projeto inovador no Serviço de Diabetes e Obesidade

Fotografias: Centro Hospitalar do Médio Tejo

O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) iniciou no Serviço de Diabetes e Obesidade um tratamento que permite maior qualidade de vida e menor recurso aos serviços de saúde pelos portadores de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1).

Este tratamento, que conta com o Sistema de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI), é realizado através de uma “Bomba de Insulina Automática” que administra insulina de forma contínua, por meio de uma cânula subcutânea.

O sistema realiza ajustes automáticos do débito basal com base na monitorização contínua de glicose, proporcionando benefícios como a redução de hipoglicemias, melhoria da estabilidade glicémica e maior flexibilidade de estilo de vida.

De acordo com o CHMT, as principais vantagens incluem a libertação programada de insulina ao longo das 24 horas, ajustes fisiológicos em diversas situações, menor probabilidade de hipoglicemias, melhor controlo metabólico, redução do número de injeções e melhoria da qualidade de vida.

“Comparativamente aos sistemas anteriores (as vulgares canetas de insulina), o novo PSCI oferece melhor controlo metabólico, diminuindo as complicações tardias da diabetes e reduzindo descompensações agudas, resultando em menos necessidade de recorrer aos serviços de saúde”, referiu o centro hospitalar em comunicado divulgado.

A equipa da Consulta de PSCI, coordenada pela médica Ana Rita Cardoso, é composta por dois médicos, duas enfermeiras e uma nutricionista, tendo recebido formação específica ao longo de dois anos, incluindo cursos na Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e nos Centros Colocadores de Beja e Viseu.

A formação é estendida aos utentes, com um programa de quatro dias que abrange sessões teóricas e práticas, gestão da perfusão de insulina, aplicação de cateteres e sensores, e gestão de intercorrências, ministrado pelos profissionais da equipa. O acompanhamento telefónico 24 horas e o manual de utilizador personalizado reforçam o suporte aos utentes durante a utilização do sistema.

“A introdução do Sistema de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina representa um marco significativo na gestão da Diabetes Mellitus tipo 1 na Região do Médio Tejo. Estamos comprometidos em proporcionar aos nossos utentes um tratamento avançado que não só otimiza o controlo metabólico, mas também promove uma qualidade de vida superior, reduzindo complicações e aumentando a flexibilidade no dia a dia”, referiu a médica e coordenadora do Serviço de Diabetes e Obesidade do CHMT, Cristina Gonçalves.

O projeto iniciado com quatro utentes prevê o alargamento a oito novos utentes já em janeiro de 2024.

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