ULS de Amadora/Sintra monitoriza insuficiência cardíaca à distância

Fotografia: ULS de Amadora/Sintra

Mais de uma dezena de doentes com Insuficiência Cardíaca Crónica receberam formação no Hospital Fernando Fonseca no âmbito do programa de telemonitorização domiciliária que a Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra tem neste momento a decorrer na sua área de atuação.

Neste momento, existem dois programas de telemonitorização distintos em curso na ULS: um em Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, sob responsabilidade do Serviço de Pneumologia, e um segundo em Insuficiência Cardíaca Crónica, sob orientação do Serviço de Cardiologia.

Segundo a ULS de Amadora/Sintra, a telemonitorização Domiciliária de Insuficiência Cardíaca tem atualmente 26 doentes ativos, cumprindo-se assim a atividade programada em 2024.

Já a Telemonitorização Domiciliária de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica tem atualmente 11 doentes ativos em programa, estando o Serviço de Pneumologia a ultimar a entrada de novos doentes para cumprir a meta de ter 24 doentes em programa do decurso do presente ano.

“A Insuficiência Cardíaca é uma das “epidemias” cardiovasculares do nosso tempo. Dados recentes mostram que um em cada seis portugueses tem Insuficiência Cardíaca, sendo que 90 por cento não foi ainda diagnosticado. Estes números tornam a Insuficiência Cardíaca um problema de saúde pública, sendo a principal causa de internamento hospitalar em doentes com mais de 65 anos de idade, e um dos principais motivos de admissão no Serviço de Urgência”, refere a ULS em comunicado divulgado­.

A telemonitorização tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes, facilitar o trabalho dos profissionais de saúde e promover um sistema de saúde mais eficiente e acessível. A solução desta ULS utiliza avanços tecnológicos, como inteligência artificial, análise de dados e dispositivos conectados, para criar soluções personalizadas e eficazes.

“Aproveitando a tecnologia digital, pretende-se aumentar as capacidades dos profissionais de saúde, permitindo a monitorização dos sinais vitais do paciente a partir da casa do paciente. A telemonitorização visa fortalecer a comunidade médica e o vínculo com o paciente, garantindo atendimento contínuo e personalizado que evolui de acordo com as necessidades do paciente”, lê-se no mesmo comunicado.

A eficácia da telemonitorização está na redução de internamentos hospitalares devido a doenças crónicas – em média 55 por cento – e na redução de dias de hospitalização – em média 45 por cento –, demonstrando “as vantagens tangíveis desta abordagem de cuidados de saúde tecnologicamente melhorada, mitigando a carga dos serviços de saúde pública e ao mesmo tempo alargando e intensificando o alcance dos profissionais médicos e eficácia”, conclui a ULS.

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