Mais de metade dos agregados com necessidades de cuidados de saúde não têm acesso a serviços pagos

FOTO DOMINIK LANGE/ UNSPLASH
Um inquérito do INE, revelou que, em 2024, 6,1 % dos agregados familiares em Portugal, cerca de 272 mil, enfrentam a falta de acesso a cuidados de saúde e apoio domiciliário pagos, com 48,3 % a conseguir recorrer a serviços profissionais pagos. A principal barreira é a dificuldade financeira.
De acordo com os dados mais recentes do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR), em 2024, 6,1% dos agregados familiares portugueses, o que equivale a cerca de 272 mil, tinham pelo menos um membro do agregado com necessidades de cuidados de saúde e apoio domiciliário devido a doenças físicas ou mentais prolongadas, incapacidade ou idade avançada. Este número afeta especialmente as famílias com pelo menos um idoso, representando 81,5 % dos casos.
Dos cerca de 272 mil agregados, apenas 48,3 % tiveram acesso a serviços profissionais pagos de cuidados de saúde e apoio domiciliário. Entre estes, 48,5 % assumiram o pagamento integral dos serviços, enquanto 28,1 % contribuíram com uma parte do custo. Para 23,4 % dos casos, as despesas foram cobertas por sistemas de proteção social ou seguros de saúde. Contudo, 68,7 % daqueles que pagaram total ou parcialmente os serviços, enfrentaram dificuldades financeiras para suportar as despesas.
Para os agregados que não tiveram acesso aos cuidados de saúde e apoio domiciliário, e representam perto de 291 mil famílias, a principal razão foi a impossibilidade financeira (55,9 %), seguida pela indisponibilidade dos serviços, que afetou 17,5 % dos casos.
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