Nutrição e Alimentação em meio hospitalar: um desafio em tempos de pandemia COVID-19

A 11 de março de 2020, a COVID-19 foi declarada pela OMS como pandemia. O Estado Português decretou o Estado de Emergência a 18 de março, e os Serviços de Nutrição (SN) dos hospitais tiveram de se reinventar em tempo recorde.

A transversalidade dos SN, enquanto serviços de apoio no âmbito dos Cuidados de Saúde Hospitalares, com uma intervenção direta ao nível dos cuidados clínicos e ao nível do fornecimento da alimentação, devia idealmente implicar uma estreita relação com os órgãos de decisão, tornando-se fulcral num contexto de pandemia onde necessariamente se reconfiguram os circuitos hospitalares.

Apesar de esta ser uma situação excecional, mas que terá garantidamente repercussões futuras na forma como iremos encarar a nutrição e a alimentação nos cuidados de saúde, torna-se pertinente dar a conhecer a forma como os SN se tentaram organizar face a esta pandemia.

Tendo em conta a heterogeneidade dos SN existentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), não obstante a proposta de uniformização da Ordem dos Nutricionistas (ON), com hierarquias e estruturas funcionais mais ou menos bem definidas, todos tiveram necessidade de promover medidas para fazer face a esta situação completamente nova. Medidas essas que abrangessem a gestão das suas equipas, a organização das consultas de nutrição em ambulatório, o redimensionamento do apoio nutricional no internamento, e a articulação com as empresas adjudicatárias responsáveis pelo fornecimento da alimentação hospitalar e com os serviços hoteleiros, resultando num documento mais ou menos estruturado, o Plano de Contingência para COVID-19 do SN.

A ON elaborou um documento - Boas Práticas para o Nutricionista durante a Pandemia COVID-19, que, em conjunto com as orientações emanadas da DGS, serviu de base ao funcionamento dos diferentes SN do SNS durante a pandemia.

No sentido da redução de circulação dentro dos hospitais, muitas equipas dos SN organizaram-se para garantir o adequado funcionamento dos serviços, através da criação de escalas de profissionais para apoio de segunda linha, com a criação de equipas rotativas, prevendo a possibilidade de situações de baixa/quarentena e/ou para diminuir a probabilidade de contágio, o que poderia colocar em causa o funcionamento do SN. (...)

Verónica Túbal, nutricionista do Serviço de Nutrição e Alimentação do Hospital José Joaquim Fernandes - Beja

Artigo completo na Hotelaria e Saúde nº17 jan/jun 2020

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