Inteligência Artificial em Saúde – Uma Abordagem Contingencial
Imagem: Phylum_Pixabay
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Inteligência – o que é?
Comecemos pelo sinónimo de inteligência. «A inteligência é uma característica complexa e multifacetada da mente humana que permite ao indivíduo compreender e resolver problemas, aprender, compreender conceitos, pensar de forma criativa e ter uma boa capacidade de raciocínio. Também se relaciona com a habilidade de adaptação e resiliência em situações novas ou desafiadoras. Ou, como acrescenta Howard Gardner: «A Inteligência é gerada por um aspecto biológico, sendo possível desenvolvê-la ao longo de um processo».
De acordo com Oxford English Dictionary, «A inteligência é a capacidade de aquisição e aplicação de conhecimentos e competência». Este autor desenvolve, seguindo as teorias da neurociência, a enorme capacidade e plasticidade neuronal do cérebro, o que tem servido para inspirar o desenvolvimento de redes neuronais artificiais.
Inteligência Artificial – o que é?
Confesso, caros leitores, que me encontro perante uma bifurcação: levar a sério esta poderosa arma como arremesso contra o niilismo, a iliteracia, a ignorância, ou, a contrario, não confiar na sua capacidade de tornar o homem mais perto daquilo que os deuses (egípcios, gregos, romanos, dos incas, os nossos), pretendem. Explico, recorrendo a Jaron Lagier, simultaneamente céptico e optimista: «Quando trazemos para a mesa o tema da IA, temos de compreendê-la no contexto da utilização dos computadores, o que tem décadas. No que toca especificamente à IA, as pessoas pensam nos computadores como uma outra entidade, como uma outra criatura, até como outra pessoa, em vez de a verem como aquilo que ela é: uma ferramenta criada e usada por pessoas». Donde, nos restam dúvidas sobre o sucesso da IA face ao seu poder, à sua capacidade de tornar o cérebro humano incapaz de competir com tal ferramenta.
Sobre a IA, muitas páginas já foram escritas, umas louvando o sucesso da sua utilização, outras procurando desmistificá-la. (...)
Por Paulo Salgado, administrador hospitalar – ENSP/UNL (reformado); pós-graduado em Administração Pública – UMinho; pós-graduado em Direito dos Contratos – UCP; mestre em Gestão-Especialização em Gestão e Administração de Unidades de Saúde – UCP
Artigo completo na TecnoHospital nº121, jan/fev 2024, dedicada ao tema 'Fronteira de impacto da Inteligência Artificial na Saúde'
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