Infeções em ambiente hospitalar – Novas tecnologias e abordagens mais sustentáveis

Segundo dados europeus, estima-se que as infeções por bactérias resistentes serão a maior causa de morte em 2050, se não forem encontradas novas e melhores soluções de desinfeção e cuidados de saúde. Em Portugal, as Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS) são o dobro da União Europeia e, destas, um terço são por microrganismos resistentes. A ocorrência destas surge no contexto das operações correntes do dia a dia hospitalar e tem diversas origens e meios de propagação. Na Europa, os custos com as IACS excedem os 7 mil milhões de euros anualmente.

É urgente encontrar soluções de desinfeção mais eficazes para a segurança dos pacientes que já estão em situação de saúde vulnerável e também dos cuidadores formais e informais, sem comprometer o meio ambiente. Além disso, a prevenção de novos surtos contribuirá para a diminuição da necessidade do uso de antibióticos, o que resulta na redução das resistências microbianas.

No entanto, a maioria das soluções utilizadas atualmente têm por base o uso manual de desinfetantes tóxicos, que são um risco para a saúde humana e o ambiente (e de onde advêm mais resistências microbianas), e que, além de ter uma taxa de eficácia comprovada de apenas 50 %, não abrange os patógenos do ar, que são um dos principais modos de transmissão de doenças. 

Adicionalmente, estudos têm demonstrado que o uso de desinfetantes hospitalares pelo menos uma vez por semana ao longo de 5-8 anos aumenta em 22 % o risco de desenvolver Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, a terceira causa de morte do mundo. (...)

Por Daniel Braga (PhD), co-fundador da Spinnerdynamics, engenheiro mecânico e doutorado em Leaders for Technical Industries no âmbito do programa MIT Portugal. Tem gerido e executado diversos projetos de investigação, inovação e desenvolvimento envolvendo diversas entidades industriais; Bruno Teixeira, co-fundador, licenciado em gestão com experiência de mais de 15 anos em desenvolvimento de negócios a nível nacional e internacional, sendo responsável pela estratégia financeira; Liliana Correia (PhD), gestora de projeto, com doutoramento em biologia celular da Universidade de Manchester, e tese de mestrado em microbiologia, onde estudou novas substâncias sintéticas com potencial antimicrobiano, com experiência laboratorial, análise e gestão de equipas e projetos de investigação. 

Artigo completo na TecnoHospital nº120, nov/dez 2023, dedicada ao tema 'Ecossistemas de ambientes saudáveis em saúde'

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