Urgências de obstetrícia e ginecologia têm novo modelo
- 20 dezembro 2024, sexta-feira
- Gestão

[Governo da República Portuguesa - Ministério da Saúde]
A reorganização das urgências de obstetrícia e ginecologia teve início no dia 16 de dezembro nas Regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Leiria.
O Governo avançou com um novo modelo de urgências de Obstetrícia e Ginecologia nas Unidades Locais de Saúde (ULS) de Lisboa e Vale do Tejo e em Leiria e será reavaliado dentro de três meses.
Este novo modelo funciona da seguinte forma:
1. Com referenciação:
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Pré-triagem telefónica através da linha SNS grávida, (808242424).
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Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU-INEM), (112).
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Cuidados de Saúde Primários.
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Outra instituição de saúde pública, privada ou social, com informação clínica assinada por médico ou enfermeiro especialista em saúde materna e infantil (EEESMO).
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Urgência geral da mesma instituição de saúde.
2. Sem referenciação:
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Terão acesso a um telefone e serão aconselhados a ligar para SNS 24/ Grávida, que fará encaminhamento para consulta de Cuidados Primários ou no hospital no prazo máximo de um dia útil (todos os enfermeiros que vão fazer atendimentos referentes a este plano na Linha SNS 24 fizeram formação).
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Se insistirem no atendimento, serão atendidas e triadas por um enfermeiro especialista em saúde materna e infantil (EEESMO). Se não existir motivo de urgência, a utente será encaminhada para consulta nos cuidados primários ou hospital no prazo máximo de um dia útil.
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Excecionam-se dos números anteriores, utentes com suspeitas que possam causar risco de vida.
De acordo com o Diário da República, esta nova medida baseia-se em soluções de gestão de saúde implementadas em vários países europeus, onde se exige que as utentes com queixas agudas em obstetrícia e ginecologia efetuem um contacto telefónico prévio antes de se deslocarem às respetivas urgências, salvo em situações de risco iminente de vida ou quando devidamente referenciadas por outros profissionais de saúde.
A reorganização das urgências envolve, numa primeira fase, onze 11 ULS: ULS Santa Maria; ULS São José (Maternidade Alfredo da Costa); ULS Lisboa Ocidental (Hospital de S. Francisco Xavier); ULS Amadora Sintra ( Hospital Fernando da Fonseca); ULS Odivelas/Loures (Hospital Beatriz Ângelo); Hospital de Cascais; ULS Estuário do Tejo (Hospital Vila Franca de Xira); ULS da Lezíria (Hospital de Santarém); ULS Médio Tejo (Hospital de Abrantes); ULS Oeste (Hospital das Caldas da Rainha) e a ULS Leiria.
A estes estabelecimentos de saúde, juntam-se mais três unidades que se juntaram de forma voluntária: a ULS Gaia/Espinho (Hospital de Gaia); ULS Santo António (Centro Materno Infantil do Norte) e a ULS Alto Alentejo (Hospital de Portalegre). A partir de janeiro de 2025, as ULS da Península de Setúbal (Almada-Seixal, Arco Ribeirinho e Setúbal) vão também aderir.
As Unidades Locais de Saúde têm a responsabilidade de assegurar: a criação de consulta aberta hospitalar de obstetrícia e ginecologia, em funcionamento todos os dias úteis; agendamento célere de consulta aberta no hospital e nos Cuidados Primários com garantia de vagas diárias; colocação de cartazes na porta de entrada da Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, bem como a colocação de um telefone junto da entrada da urgência de Ginecologia e Obstetrícia; divulgação de informação sobre modelo de reorganização a todos os profissionais, formação a seguranças e administrativos para aconselhamento às utentes e a integração de algoritmos nos registos informáticos da triagem da Urgência de Ginecologia e Obstetrícia.
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