Segurança e prevenção de catástrofes em hospitais

Imagem: @NCI
As organizações de saúde, para lá da complexidade que as caracteriza ou por causa dela, são especialmente vulneráveis a um vasto conjunto de riscos, sejam relacionados com a envolvente externa, sejam decorrentes das suas próprias infraestruturas, tecnologias ou processos internos.
Sem pretendermos ser exaustivos, vale a pena percorrer alguns dos principais riscos a que estas organizações estão sujeitas, com potencial para comprometer, tanto a operação diária, como a sustentabilidade a longo prazo e que nem sempre estarão devidamente endereçados num plano integrado de gestão e minimização de riscos.
Alguns dos riscos “major” que enfrentam as organizações de saúde
Em primeiro lugar temos aquilo que podemos designar por riscos operacionais, que podem envolver falhas na administração de fármacos, diagnósticos incorretos ou erros durante procedimentos cirúrgicos, com impacte na segurança do doente.
Também o turnover elevado ou a carência de profissionais, a par da formação deficiente ou inadequada, são riscos operacionais que podem afetar a qualidade dos serviços prestados.
Ainda no âmbito dos riscos operacionais, a ausência de um plano de manutenção de infraestruturas e equipamentos pode levar a interrupções nos serviços e comprometer a atividade e a segurança dos doentes.
Em segundo lugar, temos um outro conjunto de riscos que podemos classificar de riscos tecnológicos onde se destacam, pela sua criticidade, a vulnerabilidade dos sistemas de informação, que podem levar à perda de dados sensíveis, comprometendo a privacidade e a confiança dos cidadãos na sua instituição de saúde.
As falhas nos sistemas eletrónicos de agendamentos e de registos clínicos podem afetar a eficiência operacional e gerar enormes constrangimentos no nível de serviço prestado
A ausência de planeamento na introdução de novas tecnologias, para fechar esta tipologia de riscos tecnológicos, pode gerar custos elevados e resistência por parte das equipas.
Em terceiro lugar temos os riscos reputacionais, tantas vezes negligenciados e que, podem ter um efeito devastador. Neste capítulo destacam-se eventos relacionados com longos tempos de espera ou deficiente atendimento, que impactam na satisfação dos doentes, surtos de infeção hospitalar (...)
Administrador Hospitalar
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