O Hospital do Futuro

D.R

O Hospital do Futuro terá uma organização ideal, sem desperdícios, ambientalmente sustentável, com cuidados personalizados ao paciente, numa abordagem holística, apoiado nos melhores modelos de gestão de ativos físicos.

O Hospital do Futuro terá uma nova arquitetura, uma nova logística e uma nova cultura, e uma construção biofílica. Terá uma cultura Lean, uma manutenção Lean baseada em modelos preditivos, apoiados por gémeos digitais e metaverso.

O Hospital do Futuro terá uma abordagem holística de todo o conhecimento que melhor possa auxiliar os pacientes.
A abordagem personalizada entre médicos, enfermeiros e restantes profissionais de saúde e pacientes, será o novo centro da atividade hospitalar holística.

O Hospital do Futuro pode parecer uma visão utópica de hospital, mas, provavelmente já está a ser construído hoje. (Farinha, 2025)

Hospitais Verdes e Saudáveis

No cenário atual, a sustentabilidade tornou-se uma vertente estratégica em diversas áreas, inclusive no setor da saúde. Os hospitais sustentáveis apresentam uma abordagem inovadora que visa equilibrar a prestação de cuidados de saúde de qualidade com a responsabilidade ambiental.

Um hospital sustentável é uma instituição de saúde que procura minimizar o seu impacte ambiental, otimizar os seus recursos e adotar práticas socialmente responsáveis. Estas instituições são projetadas e operadas para promover a saúde e o bem-estar dos pacientes, ao mesmo tempo que reduzem o consumo de energia, água e materiais, minimizam a produção de resíduos e adotam medidas de eficiência operacional.

Nesta perspetiva, surgiu recentemente um novo Conceito de “Hospitais Verdes” (“Green Hospital”), que são locais que promovem a saúde pública reduzindo os seus impactos ambientais e eliminando possíveis contribuições para a disseminação de doenças. Estes locais apresentam uma alta relação entre a saúde humana e o meio ambiente, relações essas firmadas nas estratégias adoptadas na gestão e execução das atividades nesses hospitais.

Neste contexto, o objetivo dos ativos físicos hospitalares é garantir a satisfação das necessidades dos utentes através da prestação de cuidados de saúde de qualidade, pela integração entre recursos humanos, instalações e equipamentos. O edifício hospitalar, quer em termos de conceção quer de construção, exploração e manutenção, assenta nos seguintes aspetos basilares:

  • Funcionalidade - garantia de que os espaços são adequados funcionalmente à prestação de cuidados de saúde;
  • Fiabilidade - Garantia de funcionamento dos ativos com a máxima segurança e rigor metrológico;
  • Flexibilidade - Possibilidade de alterações, acompanhadas pela adequação das instalações técnicas com o mínimo de constrangimento ao funcionamento hospitalar;
  • Eficiência - Associada ao edifício, instalações e equipamentos;
  • Manutibilidade - Facilidade de intervenção para efeitos de manutenção preventiva e corretiva;
  • Segurança - Garantia de segurança de pessoas e bens;
  • Ciclo de vida - Escolha de materiais de construção e equipamentos;
  • Humanização do ambiente - Garantia de resposta às exigências de conforto dos utilizadores, tornando os espaços aprazíveis e com menos “carga” médica;
  • Infeção nosocomial – Seleção de materiais, logísticas e ambientes conducentes à minimização da infecção cruzada.

Por consequência importa tomar decisões alicerçadas em abordagens atuais e verdes, quer ao nível do design interno e externo, quer do meio envolvente, em prol de hospitais mais saudáveis, como poderá ser a abordagem biofílica e holística. (...)

Em co-autoria com Hugo Raposo e Luís Neves
Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Polytechnic University of Coimbra, RCM2+
Research Centre in Asset Management and System Engineering

Leia o artigo completo na TecnoHospital 131, setembro/ outubro de 2025
José Torres Farinha

Membro do Conselho de Redação da TecnoHospital

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