Hospital de Évora inicia Programa de Saúde Mental Perinatal
- 10 janeiro 2022, segunda-feira
- Gestão

O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) iniciou, em janeiro, um Programa de Saúde Mental Perinatal, de intervenção multidisciplinar, com o objetivo de estruturar uma intervenção com a Mulher no período perinatal e a sua rede de suporte, com vista à promoção de uma parentalidade saudável.
O projeto é realizado em conjunto entre o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, o Departamento da Mulher e da Criança e o Serviço de Ginecologia e Obstetrícia.
“O período perinatal – que vai desde a conceção até um ano após o parto – constitui uma experiência única, individual e familiar, envolta em transformações e adaptações multifacetadas a nível físico, psíquico, social e emocional”, explicou o HESE em comunicado divulgado.
A responsável pelo programa do HESE, Teresa Reis, explicou que “as problemáticas de Saúde Mental neste período constituem atualmente a principal complicação obstétrica não diagnosticada, sendo o período perinatal a fase do ciclo de vida das mulheres em que existe maior risco para o desenvolvimento de doença mental”.
De acordo com a nota, 30 por cento das mulheres e 10 por cento dos homens desenvolvem doenças mentais no período perinatal. Especificamente no período após o parto, até 80 por cento das mulheres sente alguma mudança leve de humor ou “tristeza”, 22 por cento das mulheres e 10 por cento dos homens desenvolve sintomas compatíveis com perturbação depressiva, o que enfatiza a importância e potencial impacto da implementação do programa.
“É importante relembrar que qualquer mulher pode desenvolver uma perturbação de humor ou de ansiedade durante a gravidez ou pós-parto, por isso, é essencial reconhecer os sintomas para que se possa obter a ajuda que precisa e merece o mais brevemente possível. Estes números são reais e são uma prova que este é um tema pertinente e que deve ser encarado pela sociedade como tal. Se sente que precisa de ajuda fale com o seu médico ginecologista, médico de família ou enfermeiro da unidade de saúde”, reforça Teresa Reis.
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