Entrevista a João Seabra

O presidente e Global Head da Enterprise Services da Siemens Healthineers fala-nos dos avanços que a evolução da tecnologia médica tem trazido aos cuidados de saúde e também no potencial de esbatimento de desigualdades que comporta. Reforça ainda o potencial da Inteligência Artificial e a importância de se desenvolver a sua segurança.

Entrevista por Abraão Ribeiro, José Manuel Ponte e Cátia Vilaça | Fotografia: D.R.

Fale-nos um pouco do seu perfil.

Desde muito cedo que tive um interesse muito grande pela enge­nharia. Começava-se a falar de computado­res e essa vertente era-me bastante apela­tiva, portanto foi muito fácil decidir que o meu percurso deveria ser pela engenharia eletrotécnica e de computadores, e ingres­sei na Faculdade de Engenharia da Univer­sidade do Porto em 1992, tendo acabado o curso em 1997. No último dia de setembro de 1997 fiz o meu primeiro dia de trabalho na Siemens. Fui para eletromedicina, e fi­quei na dúvida se efetivamente era a coisa certa a fazer ou não porque não tinha muita apetência pela área da saúde. Não era da­quelas áreas onde na faculdade tivéssemos algum tipo de foco. Depois de ter entrado, constatei que era bastante interessante, foi uma área que me preencheu e onde conse­gui perspetivar a associação da engenharia e da vertente do meu conhecimento técni­co adquirido com aspetos muito práticos. E conseguia ver em que medida essa tecnolo­gia contribuía para a melhoria dos cuidados de saúde e ajudava as pessoas. Mais tarde evoluí para os sistemas de informação.

Já existiam os centros de competên­cia, com as unidades de investigação, de­senvolvimento e inovação?

Já existiam, a Siemens sempre teve essa vertente. Sempre tivemos essa ambição de ter centros de competência e desenvolvi­mento em Portugal.

Mantém a interação com a Alemanha?

Sim, fundamentalmente com os head­quarters, porque para sermos qualificados como centro de desenvolvimento nessa área da engenharia, tínhamos de ser acre­ditados pela Alemanha. Daí a ligação muito próxima com a casa mãe, que sempre exis­tiu, nas diversas áreas de negócio. Portugal sempre foi uma das delegações da Siemens com muito protagonismo nessa matéria, sempre foi extremamente inovador, muito focado no futuro e na forma como a enge­nharia portuguesa poderia servir os interes­ses do grupo e da multinacional. (...)

Leia a entrevista completa na TecnoHospital nº122, mar/abr 2024, dedicada ao tema 'Construção Hospitalar'

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