Entrevista a João Seabra
- 30 abril 2024, terça-feira
- Gestão

O presidente e Global Head da Enterprise Services da Siemens Healthineers fala-nos dos avanços que a evolução da tecnologia médica tem trazido aos cuidados de saúde e também no potencial de esbatimento de desigualdades que comporta. Reforça ainda o potencial da Inteligência Artificial e a importância de se desenvolver a sua segurança.
Entrevista por Abraão Ribeiro, José Manuel Ponte e Cátia Vilaça | Fotografia: D.R.
Fale-nos um pouco do seu perfil.
Desde muito cedo que tive um interesse muito grande pela engenharia. Começava-se a falar de computadores e essa vertente era-me bastante apelativa, portanto foi muito fácil decidir que o meu percurso deveria ser pela engenharia eletrotécnica e de computadores, e ingressei na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 1992, tendo acabado o curso em 1997. No último dia de setembro de 1997 fiz o meu primeiro dia de trabalho na Siemens. Fui para eletromedicina, e fiquei na dúvida se efetivamente era a coisa certa a fazer ou não porque não tinha muita apetência pela área da saúde. Não era daquelas áreas onde na faculdade tivéssemos algum tipo de foco. Depois de ter entrado, constatei que era bastante interessante, foi uma área que me preencheu e onde consegui perspetivar a associação da engenharia e da vertente do meu conhecimento técnico adquirido com aspetos muito práticos. E conseguia ver em que medida essa tecnologia contribuía para a melhoria dos cuidados de saúde e ajudava as pessoas. Mais tarde evoluí para os sistemas de informação.
Já existiam os centros de competência, com as unidades de investigação, desenvolvimento e inovação?
Já existiam, a Siemens sempre teve essa vertente. Sempre tivemos essa ambição de ter centros de competência e desenvolvimento em Portugal.
Mantém a interação com a Alemanha?
Sim, fundamentalmente com os headquarters, porque para sermos qualificados como centro de desenvolvimento nessa área da engenharia, tínhamos de ser acreditados pela Alemanha. Daí a ligação muito próxima com a casa mãe, que sempre existiu, nas diversas áreas de negócio. Portugal sempre foi uma das delegações da Siemens com muito protagonismo nessa matéria, sempre foi extremamente inovador, muito focado no futuro e na forma como a engenharia portuguesa poderia servir os interesses do grupo e da multinacional. (...)
Leia a entrevista completa na TecnoHospital nº122, mar/abr 2024, dedicada ao tema 'Construção Hospitalar'
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