CRI de gastrenterologia avançam em seis unidades do SNS

  • 14 março 2024, quinta-feira
  • Gestão

Fotografia: Freepik

Os primeiros Centros de Responsabilidade Integrados dedicados à gastrenterologia (CRI Gastro), regulamentados pelo Decreto-Lei n.º 118/2023, de 20 de dezembro, vão
arrancar em seis entidades do SNS, numa primeira fase em projeto-piloto para validação dos instrumentos e objetivos destas novas equipas multiprofissionais.

A portaria que regulamenta esta nova organização do SNS na área da gastrenterologia foi publicada a 14 de março, em Diário da República, possibilitando às equipas começar a trabalhar nos novos projetos assistenciais.

De acordo com o SNS, estes têm como objetivo reforçar a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças do tubo digestivo, fígado, vias biliares, pâncreas e intestino, reforçando a resposta do SNS nesta área e melhorando o acesso da população aos serviços de saúde.

“A nova geração de Centros de Responsabilidade Integrados do SNS, que já têm condições para avançar igualmente nos serviços de urgência e saúde mental, vem mudar o paradigma de organização tradicional dos serviços hospitalares, potenciando a melhoria do acesso ao Serviço Nacional de Saúde mediante a adoção de lógicas assistenciais colaborativas e participadas e o aproveitamento de sinergias e complementaridade de funções e especialidades”, lê-se em comunicado divulgado pelo SNS.

As equipas podem focar-se no desenvolvimento da atividade assistencial numa determinada área e o desempenho passa a ser associado à remuneração dos profissionais, configurando uma forma de valorização dos recursos humanos a par do novo regime de trabalho em dedicação plena para os trabalhadores médicos.

A gastrenterologia foi uma das áreas escolhidas para o início do novo modelo de CRI “dada a sua relevância epidemiológica e impacto na vida dos doentes”.

Segundo o diploma, as doenças do aparelho digestivo encontram-se entre as principais causas de morte em Portugal na Europa. Pelo menos 30 por cento da população europeia será afetada pelo menos uma vez na vida por doença do aparelho digestivo e 40 por cento dos doentes internados nos hospitais têm patologia do aparelho digestivo, que inclui doenças do foro intestinal e autoimunes.

“O cancro do cólon e reto é um dos mais prevalentes em Portugal e prevê-se um elevado aumento do cancro do pâncreas, pelo que a melhoria da resposta nesta área é crítica para a população”, lê-se na portaria.

As entidades selecionadas para implementar os seis projetos-piloto foram as seguintes:

  • Unidade Local de Saúde de Coimbra, E.P.E.;
  • Unidade Local de Saúde de Santa Maria, E.P.E.
  • Unidade Local de Saúde de Santo António, E.P.E.;
  • Unidade Local de Saúde de São João, E.P.E.;
  • Unidade Local de Saúde de São José, E.P.E.;
  • Instituto Português de Oncologia de Coimbra, E.P.E.

De acordo com a portaria, os projetos-piloto nesta área terão a duração de nove meses. É igualmente criada uma comissão de acompanhamento, com representantes dos CRI Gastro em desenvolvimento, da Administração Central do Sistema de Saúde, da Direção Executiva do SNS, a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, da Direção-Geral da Saúde e do Infarmed.

Decorrido este processo, as áreas governativas das finanças e da saúde promovem a elaboração de um relatório de monitorização e avaliação dos projetos-piloto, com o objetivo de avaliar os ganhos e os impactos alcançados, assim como ponderar medidas que contribuam para aperfeiçoamento do modelo, em especial, potenciadoras de maior acesso, eficiência e qualidade.

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