O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e as lições da pandemia Covid-19

A pandemia COVID-19, declarada pela OMS em 11 de março de 2020, mudou as nossas vidas.

No passado mês de dezembro, o Washington Post pediu aos leitores que, numa frase, descrevessem o ano de 2020. Clark Smith, de nove anos, descreveu-o desta forma: “como olhar para os dois lados antes de atravessar a estrada e ser atropelado por um submarino”.

Os efeitos deste “atropelamento por um submarino” são ainda, em grande medida, desconhecidos.

Num tempo em que estamos ainda a tentar sair do desconfinamento subsequente à terceira vaga da pandemia, é natural que não tenhamos ainda respostas para todas as perguntas. É natural que não saibamos ainda formular todas as perguntas relevantes para as quais vai ser necessário encontrar respostas.

Escrevemos recentemente que o ativo mais importante das organizações de saúde são as pessoas e se há situações, na vida das organizações de saúde, em que esta afirmação é testada ao limite, a resposta à pandemia COVID-19 foi o laboratório de testes perfeito.

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) respondeu às sucessivas vagas da pandemia com enorme competência. O plano de contingência que preparou, para a urgência, para os cuidados intensivos, para os doentes internados em enfermaria, resistiu ao embate. Mas foram as pessoas, a sua dedicação e espírito de missão, o sentido de entreajuda, que fizeram com que a resposta fosse competente e efetiva.

A primeira vaga da pandemia foi uma espécie de treino de endurance e de agilidade para a segunda e terceira vagas, das quais estamos agora a sair e sobre as quais, eventualmente, se escreverá no futuro.

O outono de 2020 e o inverno de 2020/2021 levaram o SNS, não ao seu limite, mas a reinventar os seus próprios limites. E, uma vez mais, esteve à altura dos desafios a que foi submetido porque respondeu de forma sistémica e organizada.

É frequente ouvir-se que o hospital A ou B foram mais eficientes, planearam melhor ou foram mais eficazes na resposta à pandemia. Estas afirmações fazem as delícias das televisões, reféns da ditadura das audiências e ignorantes da essência do Serviço Nacional de Saúde e, por isso, pressionadas para formatar a realidade em modelos competitivos, de preferência no género reality show. Mas tais afirmações estão muito longe da realidade. (...)

Artigo completo na TecnoHospital nº104, mar/abr 2021, dedicado ao tema 'A resposta do SNS à pandemia e os desafios do futuro'

Carlos Santos

Administrador Hospitalar

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