Projecto de um laboratório metrológico para equipamentos biomédicos

Qualquer unidade de saúde necessita manter os seus equipamentos biomédicos operacionais e calibrados de modo a que, aquando da sua utilização, estes possam transmitir segurança e revelar eficácia no diagnóstico e tratamento dos pacientes bem como permitir a comparabilidade internacional das suas biomedições. Neste âmbito, procura-se, com o projecto descrito neste artigo, abordar a implementação de um laboratório de metrologia para equipamentos biomédicos numa unidade hospitalar.

Sendo o universo dos equipamentos biomédicos tão diversificado e estando estes agrupados por famílias: fabricante, indicações de uso ou com o uso pretendido, nível de risco, entre outras, torna-se mais pragmática a escolha de um equipamento, bem como a sua análise, quer do ponto de vista do seu funcionamento quer da elaboração dos processos de teste e calibração do mesmo. Assim sendo, à posteriori, será mais fácil estabelecer processos de ensaio e ou calibração para outros equipamentos.

Feita a seleção da família de equipamentos alvo, esta terá de ter uma elevada representatividade numérica no parque de equipamentos da unidade de saúde e, com base nas normas e regulamentos nacionais e internacionais, propõe-se a definição das linhas estratégicas referentes à implementação de um laboratório metrológico nessa mesma unidade. Concluída a fase de projecto-piloto e com base nos resultados obtidos, poder-se-ão extrapolar todas as metodologias para outras famílias de equipamentos.

Aquando do desenvolvimento deste projecto serão tidas em consideração as linhas orientadoras das várias organizações internacionais, quer da Europa quer dos Estados Unidos América, fazendo o levantamento das melhores práticas internacionais neste sector.

Por fim é apresentado um cronograma para a implementação de um laboratório de metrologia de uma unidade hospitalar.

Gestão de ativos: uma forma de gerir melhor os recursos

Atualmente, a sociedade mundial é confrontada com enormes desafios socioeconómicos e financeiros, sendo que Portugal não é exceção. O desafio que é lançado a quem toma as decisões, pode e deve ser interpretado por estes responsáveis como sendo: fazer mais e melhor com os mesmos, ou até mesmo, com menos recursos financeiros. Sem este desafio a sociedade nunca sentiria a necessidade de procurar, de forma contínua, a eficácia e a eficiência na forma como a mesma gere os seus ativos.

A gestão dos ativos e todo o processo inerente à sua manutenção são vistos como sendo uma oportunidade de incremento na melhoria da gestão dos recursos, designadamente financeiros, ou seja, ao procurar-se aumentar o ciclo de vida de um ativo e a sua consequente disponibilidade, poderá haver libertação de recursos financeiros. (...)

Artigo publicado na Edição nº 95

Adriano Lopes e José Torres Farinha

José Torres Farinha

CEMMPRE (Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos, Universidade de Coimbra) e ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra)

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