Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica inaugurado em Oeiras

O Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, em Oeiras, ampliou a sua capacidade de desenvolver projetos na área da biotecnologia. A nova área do iBET, que resulta de um investimento total de 25 milhões de euros, prevê a atração de novos talentos e a criação de emprego científico em Portugal.

O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, participou na inauguração, que decorreu no dia 23 de junho, e destacou a importância da “continuidade de políticas” para os projetos nestas áreas.

“Não é possível construir investimentos científicos desta dimensão sem continuidade de políticas. O investimento no conhecimento é a alavanca da mudança da nossa vida nacional”, frisou o ministro da Saúde, insistindo que “a inovação na área da ciência e da tecnologia exige tempo e persistência”.

O governante evocou os resultados de sucesso que o Serviço Nacional de Saúde tem proporcionado ao país em quatro década de história, acrescentando que é importante manter essas conquistas no futuro – o que passa pela capacidade de continuar a investir em ciência e de gerar riqueza para o país.

A este propósito, Manuel Pizarro evocou que as exportações em 2008 não chegavam a 600 milhões de euros, sendo que em 2022 já ultrapassaram os 2,4 mil milhões de euros.

O ministro considerou que o avanço foi positivo, mas ainda insuficiente, sendo Portugal o “país da Europa Ocidental com um balanço mais desfavorável”. “O caminho passa por aprofundar as relações de instituições como o iBET com o sistema de saúde e com as nossas empresas”, disse.

Com uma área total de 6 700 metros quadrados, a nova unidade de investigação agora inaugurada contribui para a valorização e transferência de tecnologia do iBET. O projeto foi financiado por fundos próprios e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), num investimento total de 25 milhões de euros.

Este hub científico de Oeiras vai permitir aumentar o investimento internacional em I&D para o desenvolvimento de biofármacos e produtos para terapias avançadas, de que são exemplo terapias celulares e génicas e vacinas de nova geração.

As principais áreas de I&D do iBET são (i) desenvolvimento de processos para produção de biofármacos e novas terapias, incluindo terapias génicas recorrendo a vírus recombinantes, terapias celulares, modelos avançados e tecnologias para investigação pré-clínica, e bioquímica estrutural para conceção de medicamentos de base biológica (proteínas recombinantes)  (Divisão Health & Pharma); e (ii) alimentação e saúde, com o desenvolvimento de novas soluções para a deteção de fraudes alimentares, patologias com origem na água e nos alimentos e identificação de novos suplementos alimentares bioativos (Divisão Food & Health).

O iBET atinge um total de rendimentos anuais de investigação de cerca de 17 milhões de Euros, sendo que mais de 80 por cento resultam da exportação de serviços de investigação para a indústria.

Emprega atualmente 113 investigadores doutorados, num total de 275 colaboradores. A sua infraestrutura compreende mais de 50 laboratórios de I&D, uma Unidade de Serviços Analíticos com certificação GMP (Good Manufacturing Practices), uma unidade de Espectrometria de Massa (UniMS), uma Unidade Late Stage R&D e de Bioprodução de Larga Escala.

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