Governo vai encomendar estudo sobre a rede hospitalar nacional

  • 18 janeiro 2023, quarta-feira
  • Gestão

O Governo vai fazer um estudo para perceber que rede hospitalar nacional é desejável que Portugal tenha em 2030, anunciou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantido que está “mais concentrado nas aberturas do que nos encerramentos”.

“Estamos a trabalhar para encomendar, a uma instituição credível, um estudo sobre a rede hospitalar que desejaríamos ter em 2030. Algo que permita dar coerência ao conjunto de decisões que temos tomado”, disse Manuel Pizarro.

No Porto, em declarações aos jornalistas, o ministro da Saúde deu exemplos do que o estudo poderá abarcar e estabeleceu este ano como prazo para conclusões.

Questionado sobre se este estudo poderá levar a encerramentos, Manuel Pizarro garantiu: “Estamos mais concentrados na requalificação e nas aberturas de novos espaços do que nos encerramentos”.

Salvaguardando que “há muitas decisões que foram já tomadas de forma casuística e são boas decisões”, Manuel Pizarro disse que “é absolutamente claro” que o país precisa de “atualizar a rede hospitalar”.

“Vai avançar o Hospital de Lisboa-Oriental. Está em construção um novo Hospital Central do Alentejo. Vai avançar o novo Hospital do Algarve ou o novo Hospital do Oeste. Mas temos noção de que há muitos outros espaços que precisam de uma reflexão organizada”, exemplificou.

A Norte, o ministro da Saúde deu como exemplo da necessidade de planeamento o Hospital de Penafiel, que “parece ser”, disse, “insuficiente para atender toda a população”.

“Isso também acontece em Almada, no Hospital Garcia de Orta, ou no Amadora-Sintra, no Hospital Fernando Fonseca”, acrescentou.

Manuel Pizarro defendeu que “o planeamento é essencial na área da saúde” porque as questões nesta área “não se resolvem no curto espaço”: “Muitas delas precisam do médio prazo para serem resolvidas”.

“Precisamos de um estudo que enquadre tudo isto e esteja pronto durante este ano e permita ao país saber com clareza como é que a rede hospitalar vai evoluir até 2030”, sublinhou.

Regressando à possibilidade de abertura de novos espaços, o ministro da Saúde disse que estas “têm de ser dimensionadas de forma adequada em relação à expectativa de crescimento da população e das necessidades” locais.

“Mas também das mudanças da medicina. Felizmente, a medicina é hoje cada vez mais ambulatória. Podemos tratar fora dos hospitais muitas coisas que antes eram tratadas nos hospitais”, referiu.

O ministro da Saúde aproveitou, ainda, para apresentar números, apontando que “hoje em Portugal 70 por cento da cirurgia é em regime de ambulatório” e lembrou que o Serviço Nacional de Saúde “tem um programa de hospitalização domiciliária que está em crescimento”.

“Tudo isto tem de ser avaliado porque, tendo tudo isto, também é verdade que temos hospitais que estão subdimensionados em relação à população que precisam de atender”, concluiu.

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