Governo investe 117ME na modernização tecnológica do SNS

  • 06 dezembro 2023, quarta-feira
  • Gestão

Imagem: Freepik

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) apresentaram o programa de modernização tecnológica dos hospitais do SNS.

Este representa um investimento de 117 milhões de euros e vai beneficiar 29 instituições do SNS, estando esta verba inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“No âmbito da reprogramação do PRR, foi assegurado que na nova versão deste documento fossem garantidas importantes verbas com vista à modernização tecnológica de equipamentos médicos pesados nas unidades do SNS, assim como a instalação de robots cirúrgicos”, lê-se em comunicado divulgado pela DE-SNS.

Com um envelope financeiro total de mais de 117 milhões de euros, está em causa a operacionalização de duas linhas de investimentos no âmbito do PRR, que são financiados a 100% por este mecanismo financeiro:

i010 – Programa de Modernização Tecnológica do SNS, que permitirá a instalação de 68 equipamentos médicos pesados nas unidades do SNS em todo o país, num valor de cem milhões de euros;

i04 – Aquisição de equipamento médico pesado para as unidades do SNS da Região de Lisboa e Vale do Tejo, contemplando a instalação de equipamentos num valor de mais de 17 milhões de euros e num total de 13 equipamentos.

O levantamento de necessidades resulta de um trabalho conjunto entre DE-SNS e a ACSS e tem como objetivo modernizar o parque tecnológico do SNS, contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde, através de um total de 81 equipamentos, para substituição de 75 aparelhos que se encontravam obsoletos, nomeadamente:

  • Aquisição de 18 Ressonâncias Magnéticas;
  • Aquisição de 25 Tomografias Computorizadas;
  • Aquisição de 13 Angiógrafos;
  • Aquisição de 8 Câmaras Gama;
  • Aquisição de 11 Aceleradores Lineares.

Está ainda prevista a aquisição de seis robots cirúrgicos “que vão permitir criar uma rede de robotização cirúrgica no país, com os cinco equipamentos já existentes e os dois em fase de aquisição, permitindo desta forma a Portugal dar um salto tecnológico nesta dimensão”, referiu a DE-SNS em comunicado.

Em 2022 existia apenas um equipamento deste tipo, em 2023 foram instalados quatro, e pretende-se que em 2024 sejam instalados oito, sendo seis via PRR e dois com verbas próprias, criando assim uma rede com 13 equipamentos. Esta era uma prioridade da DE-SNS, estando a ser concretizada num espaço de dois anos.

Incluem-se no grupo de instituições beneficiárias as seguintes unidades hospitalares do SNS:

  • Centro Hospitalar de Leiria, E.P.E.
  • Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E.
  • Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E.
  • Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.
  • Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.
  • Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E.
  • Centro Hospitalar do Barreiro e Montijo, E.P.E.
  • Centro Hospitalar do Médio Ave, E.P.E.
  • Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
  • Centro Hospitalar Tondela-Viseu, E.P.E.
  • Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, E.P.E.
  • Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, E.P.E.
  • Centro Hospitalar Universitário de Santo António, E.P.E.
  • Centro Hospitalar Universitário de São João, E.P.E.
  • Centro Hospitalar Universitário do Algarve, E.P.E.
  • Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães, E.P.E.
  • Hospital de Braga, E.P.E.
  • Hospital de Loures, E.P.E.
  • Hospital Distrital de Santarém, E.P.E.
  • Hospital Espírito Santo – Évora, E.P.E.
  • Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
  • Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, E.P.E.
  • Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, E.P.E.
  • Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
  • Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
  • Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E.
  • Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E.
  • Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, E.P.E.
  • Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, E.P.E.

“Nas últimas décadas, a inovação tecnológica tem vindo a desempenhar um papel fundamental na obtenção de melhores resultados em saúde. Apontada frequentemente como o principal motor para o progresso humano, no setor da saúde ressalta o seu impacto na melhoria da qualidade de vida dos utentes e no aumento da esperança média de vida da população”, salientou a DE-SNS.

Segundo a mesma entidade, no que respeita aos Equipamentos Médicos Pesados, a integração de tecnologias emergentes tem originado equipamentos mais evoluídos e mais digitais, que permitem novos modelos de diagnóstico médico e de tratamento, com impacto na qualidade dos cuidados prestados, permitindo, não só, alcançar melhores resultados de saúde para os utentes, mas, também, melhorias significativas das condições de prática e atuação para os profissionais de saúde.

“Com esta aquisição de equipamento médico pesado nas Unidades do SNS, pretende-se reforçar a modernização do parque tecnológico, contribuindo para a melhoria do serviço prestado aos utentes do SNS. Permitirá, por um lado, evitar a obsolescência dos equipamentos e, por outro, apoiar o diagnóstico precoce da doença, com impacto na correção de assimetrias geográficas, aumentando o sucesso do tratamento e diminuindo a morbilidade e a mortalidade” acrescentou.

Para a DE-SNS, a introdução de inovação tecnológica no SNS consubstanciada na aquisição de novo equipamento médico pesado de última geração, e na robotização cirúrgica, potenciará a atratividade e retenção de profissionais de saúde.

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