Entrevista a Amália Espada

  • 31 agosto 2022, quarta-feira
  • Gestão

Com uma carreira dedicada à Enfermagem, Amália Espada contacta há muitos anos com a realidade do controlo de infeção, tendo dedicado particular atenção ao reprocessamento de dispositivos médicos. É, desde 2013, presidente da Associação Nacional de Esterilização (ANES), que promove as boas práticas nesta área. Nesta entrevista, fala-nos das mudanças necessárias à implementação de práticas mais seguras.

Entrevista por Abraão Ribeiro, Fernando Barbosa e Cátia Vilaça | Fotografia D.R.

Fale-nos um pouco do seu perfil.

Nasci em Évora, aos seis anos fui para Moçambique e regressei aos 15. Após concluir o ano propedêutico ingressei no curso de Enfermagem da Escola S. João de Deus, em Évora. Iniciei o meu percurso profissional em 1981 no Hospital de Évora no Serviço de Doenças Infeto-Contagiosas. Entre 1983 e 1987 exerci funções nos serviços de Pediatria e Urgência Geral do Hospital de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores e, do final de 1987 até 1990 no Bloco Operatório de Ortopedia (em Celas) dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Regressei a Évora e, entre 1990 e 1991, tive uma experiência na área da docência na Escola de Enfermagem de Évora, sendo que a área académica não me satisfez profissionalmente. Embora vinculada aos HUC aceitei o desafio de trabalhar na Unidade de Doentes de Evolução Prolongada no extinto Centro de Saúde Mental de Évora (CSME), uma nova experiência que me preencheu profissionalmente. Por via da extinção do CSME regressei ao Hospital de Évora. Estávamos em 1996 e todos os hospitais tinham de criar uma Comissão de Controlo da Infeção. O Hospital de Évora tinha iniciado a criação dessa Comissão e eu fui substituir a colega que se aposentou.

Nesse ano, tinha sido publicado o Despacho nº 242/96 relativo aos Resíduos Hospitalares e foi precisamente esta matéria o ponto de partida da minha atividade enquanto enfermeira da Comissão de Controlo de Infeção - a gestão dos resíduos hospitalares no Hospital, que me permitiu o contacto com todos os profissionais, os de saúde e outros profissionais de áreas não assistenciais.

Que está em vigor e ultrapassado. Já foram criadas três comissões nos últimos 10 anos para rever esse despacho e em nada resultou.

Está ultrapassado porque, entretanto, saiu legislação europeia, e de facto pode ser entendido como tendo sido revogado pela legislação europeia, mas em termos de organização não foi.

Eu comecei a aplicar o despacho às diferentes unidades de internamento, clínicas e não clínicas, e fiquei desde essa altura ligada aos resíduos hospitalares. A experiência adquirida nesta área foi motivo da minha nomeação como coordenadora regional dos resíduos hospitalares na área de referência da ARS Alentejo. Temos desde essa altura um grupo de trabalho na ARS Alentejo constituído por mim, um engenheiro sanitarista e duas técnicas de saúde ambiental. (...)

Leia a entrevista completa na TecnoHospital nº112, jul/ago 2022, dedicada ao tema 'O impacte da Engenharia e Arquitetura da Saúde nas IACS'

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