Apresentado Plano Local de Saúde Maia/Valongo

  • 03 janeiro 2023, terça-feira
  • Gestão

O Plano Local de Saúde Maia/Valongo, que arranca em 2023 e se prolonga até 2025, vai dar “especial atenção” às demências, diabetes, obesidade e excesso de peso e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Por cada uma destas áreas de intervenção foram criados grupos de trabalho, compostos por diferentes instituições, com o objetivo de promover comportamentos saudáveis e, assim, melhorar a saúda da população, refere o documento de apresentação deste projeto.

“Tivemos como preocupação promover a cidadania em saúde, a capacidade de os cidadãos exercerem de modo informado e responsável poder/influência sobre o seu estado de saúde e sobre o desenvolvimento do sistema e dos serviços de saúde na área de abrangência do ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] Maia Valongo, ou seja, os concelhos da Maia e de Valongo”, referiu o diretor-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto III – Maia Valongo, Júlio Nunes, citado no documento.

No que concerne aos AVC, o plano destaca a importância de continuar a educar as pessoas a reconhecer os primeiros sintomas e de garantir uma resposta de reabilitação atempada e adequada.

Assim, está previsto o desenvolvimento de um programa de promoção de atividade física para prevenção primária e secundária de AVC, abrangendo quatro mil pessoas com risco aumentado de AVC no final do primeiro semestre de 2025.

Além disso, o plano estima a introdução de conteúdos relativos a literacia de AVC em todos os programas de educação geral para a saúde implementados no território até o final de 2024.

Na área das demências, focando-se na necessidade da preparação para a gestão da doença não só ao nível clínico, mas também ao nível da gestão familiar, o plano prevê a publicação de um estudo multi-institucional que caracterize a epidemiologia e o impacto socioeconómico desta doença no território até final de 2024.

Outro dos objetivos passa por criar um repositório digital de recursos comunitários relevantes para a demência.

Apesar de a diabetes ser frequente na população, ainda há muito desconhecimento sobre a doença e sobre como a gerir, lê-se no plano.

Por isso, nesta vertente, tenciona-se criar um programa multi-institucional de desenvolvimento de competências para a gestão da diabetes recém-diagnosticada pelos doentes e famílias, que abranja 30 por cento dos novos diabéticos no primeiro semestre de 2025.

Além disso, pretende-se criar um programa multi-institucional de promoção da adoção de estilos de vida saudáveis para doentes diabéticos com histórico de insucesso crónico de controlo glicémico que, no final de 2025, tenha pelo menos dez por cento de sucesso no controlo glicémico um ano após o início da adesão ao programa.

No que respeita a obesidade e o excesso de peso, e apesar do plano reconhecer que têm vindo a ser implementadas várias iniciativas para promover uma alimentação saudável e prática de exercício físico, o grupo de trabalho estima publicar um diagnóstico anual da avaliação dos estilos de vida da população até ao final de cada ano, baseado na criação de um sistema multi-instituição para monitorização de estilos de vida.

“Assegurar que 80 por cento dos profissionais das instituições integrantes no plano tiveram algum tipo de formação sobre estilos de vida saudável durante a sua vigência até final de 2025”, é outra das metas traçadas.

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