Cooperação transfronteiriça para o diagnóstico e tratamento

  • 01 março 2017, quarta-feira
  • Gestão

As Redes Europeias de Referência (RER) são plataformas de cooperação transfronteiriça entre especialistas para o diagnóstico e tratamento de doenças complexas e raras ou de baixa prevalência.

São 24 as RER temáticas que, a partir de 1 de março, reunindo mais de 900 unidades de saúde altamente especializadas de 26 países, começam a trabalhar em conjunto num vasto leque de questões, desde patologias ósseas a doenças hematológicas, cancros pediátricos e problemas de imunodeficiência. A união nesta escala dos melhores especialistas da UE foi pensada para beneficiar, todos os anos, milhares de doentes com patologias que requerem uma concentração especial de cuidados de saúde altamente especializados em áreas médicas em que os conhecimentos especializados são raros.

Segundo explicou Vytenis Andriukaitis, comissário europeu responsável pela Saúde e a Segurança dos Alimentos, “as RER irão conectar a experiência e os conhecimentos consideráveis existentes na UE e que se encontram atualmente dispersos pelos diferentes países, fazendo desta iniciativa um exemplo concreto do valor acrescentado da cooperação europeia”.

As Redes Europeias de Referência (RER) são redes virtuais que reúnem prestadores de cuidados de saúde de toda a Europa, para combater patologias complexas ou raras que exigem tratamentos altamente especializados e uma concentração de conhecimentos e recursos. Estão a ser criadas ao abrigo da diretiva da UE relativa aos direitos dos doentes em matéria de cuidados de saúde (2011/24/UE), que também facilita o acesso dos doentes a informação sobre os cuidados de saúde, melhorando assim as suas opções de tratamento.

AS RER deverão desenvolver novos e inovadores modelos de saúde, ferramentas de saúde em linha, soluções e dispositivos médicos. Têm como objetivo impulsionar a investigação através de estudos clínicos mais alargados e contribuir para o desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos, criando economias de escala e assegurando uma utilização mais eficiente dos dispendiosos recursos. Estes objetivos, a serem alcançados, terão um impacto positivo na sustentabilidade dos sistemas nacionais de saúde e nas vidas dos doentes da UE que sofrem de doenças raras e/ou complexas.

As RER serão apoiadas por instrumentos europeus de telemedicina transfronteiriça e poderão beneficiar de vários mecanismos de financiamento da UE, como o programa «Saúde», o mecanismo «Interligar a Europa» e o programa de investigação da UE «Horizonte 2020».

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