Termoablação cutânea no tratamento de tumores
O Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães, através do seu Serviço de Imagiologia, começou a realizar termoablações percutâneas de lesões, sob controlo imagiológico.
Esta técnica, minimamente invasiva, é extensamente utilizada, segundo aquela unidade de saúde, no tratamento de tumores benignos ou malignos, primários ou metastáticos. Os efeitos secundários nos doentes são raros e, por norma, auto-limitados. Na maioria dos casos, o doente fica em vigilância por 12 a 24 horas, tendo alta clínica no dia seguinte à realização do tratamento.
O procedimento é realizado na sala de Tomografia Computorizada, sob sedo-analgesia (com apoio de médico anestesista), e dura, no total, aproximadamente 1 hora, embora o tempo de ablação em si mesmo seja de cerca de 12 minutos. Para este procedimento é feita apenas uma pequena incisão na pele para introduzir a agulha (cerca de 2 mm), não deixando cicatrizes nem acarretando tratamentos de penso.
A este propósito, a médica radiologista de intervenção do Hospital, Teresa Dionísio, explica que «este procedimento, realizado por um médico radiologista de intervenção, consiste em usar uma corrente alternada de alta frequência produzida por um gerador, aquecendo uma agulha a mais de 60°C e, assim, causar destruição intencional de proteínas e dano nos tecidos. Para isso, é introduzida uma agulha através da pele até à lesão, sob controlo por ecografia ou Tomografia Computorizada”. São várias as vantagens para os doentes, explica a médica: “a rapidez do procedimento e os raros efeitos secundários são exemplos. Mas, acima de tudo, é mais uma ferramenta, mais uma possibilidade terapêutica, que passa a existir quando, por exemplo, não é possível operar alguns tumores».
O Hospital prevê um grande potencial de utilização desta técnica, não só pelas vantagens mas também por poder ser utilizada para tratamento de uma grande variedade de tumores.
Outros artigos que lhe podem interessar