Tomografia computorizada
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A invenção da tomografia computorizada (TC) representa a maior revolução na imagem médica desde a descoberta dos raios-x. É impressionante a evolução a que assistimos nos últimos 50 anos, desde a sua introdução em 1971.
Em suma, o design de um aparelho de TC moderno consiste numa ampola de raio-x que, em permanente rotação num padrão de aquisição helicoidal, irradia um objeto de estudo contra múltiplas fileiras de detetores diametralmente opostos, com uma mesa motorizada que faz deslizar o sujeito através da gantry por forma a obter uma representação tomodensitométrica tridimensional de todo o território irradiado, gerando um dataset conhecido como RAW, que pode ser posteriormente pós-processado.
A primeira revolução na tecnologia da TC deu-se na década de 1990, quando os primeiros TC de aquisição helicoidal foram introduzidos. Até esta altura, eram utilizados aparelhos de aquisição sequencial, em que o paciente era posicionado estaticamente e múltiplas imagens eram adquiridas em intervalos. No entanto, o tempo de aquisição era longo pela necessidade de pausas entre as varreduras para reajustar a posição do paciente.
Ainda na década de 90, surgiram também os TC multidetetor com a capacidade de usar múltiplos detetores simultaneamente, dispostos em várias fileiras, permitindo aquisição ainda mais rápida e uma melhor resolução espacial. Esta capacidade permitiu a utilização da TC em situações de emergência e constitui o tipo de TC mais encontrado no país, nos dias de hoje...
Por Ana Luísa Pinto e Diogo Garrido em coautoria e com a colaboração de João Vieira
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