A construção hospitalar em Portugal
Fotografia: Oles kanebckuu_Pexels
Podemos falar de construção hospitalar em Portugal com a construção do Hospital Real de Todos os Santos, seguido da construção dos Hospitais de Évora, Coimbra e Braga, pelo Rei D. Manuel I. Estas construções marcam a viragem da história e o início da construção hospitalar ao definir uma política de concentração dos pequenos hospitais e centralização da assistência hospitalar em unidades, para a época, de grande dimensão.
No Estado Novo a questão da assistência assume importância, e no ano de 1933 foi autorizada a construção dos dois hospitais escolares, um em Lisboa e outro no Porto, e em 1934 foi criada a Comissão Administrativa dos Novos Edifícios Universitários (CANEU), presidida pelo Professor Francisco Gentil.
Em 1946, a Lei 2011, de 2 de abril, criou a Comissão de Construções Hospitalares (CCH) e estabeleceu uma hierarquia hospitalar, com hospitais sub-regionais (concelhios), regionais (distritais) e centrais. Neste contexto, foi estabelecido um plano de construção de dezenas de hospitais concelhios e alguns hospitais distritais para posterior entrega às Misericórdias. Foram iniciados e concluídos os dois hospitais escolares, o de Lisboa em 1953 e o do Porto em 1959, concluídos os hospitais regionais de Setúbal em 1959, de Braga em 1960 e de Beja em 1970. Esta Comissão projetou e iniciou ainda a construção dos hospitais de Bragança e Funchal, concluídos em 1973. Com esta Comissão iniciamos a grande “Escola” de Engenharia e Arquitetura Hospitalar Portuguesa. (…)
Membro do Conselho de Redação da TecnoHospital / ex-Diretor do SIE do CHLN
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