Hospitais Inteligentes: tecnologia na prevenção e controlo de catástrofes

FOTO: JOSHUA SORTINO/ UNSPLASH
Num mundo cada vez mais susceptível a eventos extremos, os hospitais precisam de se transformar em centros resilientes e adaptáveis. A integração de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) permite que esses hospitais inteligentes além de minimizarem riscos e prevenir necessidades, também aprimorem a resposta em tempo real durante catástrofes. Diferente da manutenção tradicional, a abordagem preditiva e preventiva possibilita acções proactivas em edifícios existentes e novos projectos, alinhando-se com os desafios impostos por fenómenos de grande escala.
IA e IoT na preparação para emergências
A IA pode ajudar a prever cenários complexos, calculando o impacto de desastres naturais na infraestrutura hospitalar e nas necessidades de recursos. Modelos baseados em machine learning podem simular o comportamento de sistemas durante um terremoto, ajudando os engenheiros a identificar vulnerabilidades estruturais e implementar melhorias antes de uma crise. Dispositivos IoT, como sensores de vibração e monitorização estrutural, colectam dados em tempo real que, integrados com IA, geram alertas antecipados sobre riscos.
Resposta a fluxos massivos de doentes
Durante catástrofes, hospitais inteligentes optimizam a logística e o atendimento de uma afluência repentina de doentes. Sensores e algoritmos de IA monitorizam a ocupação das alas e alocam recursos médicos conforme a urgência. Em cenários de resposta emergencial, o hospital pode activar protocolos de triagem automática, auxiliando a equipa a priorizar atendimentos com base na gravidade dos ferimentos. A coordenação com outras unidades hospitalares, através de redes IoT, cria uma rede colaborativa, aumentando a eficiência no socorro a vítimas.
Integração com planos de protecção civil
A tecnologia permite que hospitais inteligentes se integrem aos planos de protecção civil, com sistemas que accionam respostas coordenadas durante um alerta de calamidade. Esses sistemas, conectados aos centros de comando das autoridades de protecção civil, permitem que o hospital ajuste rapidamente os níveis de alerta, mova doentes para zonas de segurança e redireccione recursos. Com dados centralizados e respostas automatizadas, as unidades hospitalares aumentam a sua capacidade de enfrentar crises de forma coordenada e eficaz. (...)
Por José Filipe Soares,
MSc. Health Engineering and Technology;
Actualmente, TSDT Radiologia na ULSO, EPE Caldas da Rainha
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