Reprocessamento de dispositivos médicos reutilizáveis cedidos em regime de empréstimo aos hospitais – uma reflexão

Os dispositivos médicos (DM) de certos procedimentos cirúrgicos executados em entidades prestadoras de cuidados de saúde podem ser obtidos por empréstimo dos fabricantes ou dos distribuidores por grosso. Esta prática aumenta os riscos associados à lavagem, à desinfeção e à esterilização dos instrumentos cirúrgicos, uma vez que o hospital que recebe os instrumentos emprestados nem sempre possui procedimento estabelecido e equipamentos disponíveis para o seu reprocessamento.

Os instrumentos cirúrgicos reutilizáveis são cedidos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) em regime de empréstimo, por um tempo limitado (erradamente designados por “material à consignação” ou “consignados”), regra geral correspondente ao período necessário para a realização de uma intervenção cirúrgica programada ou em regime de produção cirúrgica adicional, em contra consumo de implantes ou outros. Ao longo de mais de uma década, este modelo foi e continua a ser largamente disseminado nos hospitais, representando um desafio e um problema acrescido para as Unidades de Reprocessamento de Dispositivos Médicos (URDM).

Perante o cenário instalado, foram feitos vários alertas por hospitais e clínicas para os problemas decorrentes deste tipo de utilização, a qual potencia perigos para a saúde pública. (...)

Por Bruno Cunha e Estela Paiva, Título de Enfermeiro Especialista na área de Enfermagem Médico Cirúrgica à Pessoa em Situação Perioperatória; exerce funções em URDM; vogal da Associação Nacional de Esterilização.  

Artigo completo na TecnoHospital nº113, set/out 2022, dedicada ao tema 'Serviços de esterilização centralizados e o reprocessamento de dispositivos médicos de uso múltiplo'

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