A Problemática das águas contaminadas hospitalares no controlo da Infecção

Novas tendências na gestão das águas nos hospitais

Raramente se fala da água quando se mencionam as questões relativas ao dimensionamento ou reformulação de novos hospitais ou unidades existentes, resumindo-se o assunto às necessidades de abastecimento, alimentação de caldeiras e abastecimento de equipamentos especiais ou áreas críticas do hospital. As referências a águas residuais resumem-se à ligação das redes de esgotos domésticos nas redes municipais ou em eventual ETAR própria, pouco mais se falando sobre o tema ao longo dos projectos e durante o tempo de vida das unidades.

Pensamos nos resíduos sólidos contaminados, nas áreas de esterilização, nos blocos, nas salas limpas, etc., mas nunca se fala das águas contaminadas, perigosas, de elevadíssimo risco de infecção, que resultam das actividades dos blocos, da morgue, dos laboratórios, dos serviços de infecciosas seja em hospitais, em clínicas, em laboratórios analíticos, laboratórios de pesquisa e investigação, bancos de sangue, salas de autópsias, laboratórios de investigação criminal ou sociedades funerárias.

A Comissão Europeia tem-se debruçado sobre este problema, em consequência do registo de mortes de operadores de ETAR municipais por razões (infeccões) de origem desconhecida, atribuindo-se as causas a contaminações descontroladas provenientes dos esgotos domésticos contaminados. Naturalmente que, quando os efluentes atingem a ETAR municipal, já levam misturados muitos esgotos domésticos residenciais, mas como não podemos exigir a cada casa que separe e desinfecte os seus esgotos, a atenção tem de ser focada nas entidades que poderão (e seguramente contribuem) para esse fenómeno, nomeadamente as unidades de saúde de todos os tipos. (...)

Por Carlos Oliveira, licenciado em Engenharia Química pela FCT da Universidade de Coimbra e pós-graduado em Gestão pela FEUC; iniciou atividade empresarial em 1994 na área de consultoria de Gestão Industrial e trabalhou como gestor da Qualidade e Optimização industrial; co-fundou a VentilAQUA em 1997, mantendo-se como CEO e presidente do CA

Artigo completo na TecnoHospital nº112, jul/ago 2022, dedicada ao tema 'O impacte da Engenharia e Arquitetura da Saúde nas IACS'

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