Inaugurada Unidade de Saúde Mental em Oeiras

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, visitou a nova unidade de saúde mental do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), em Oeiras, presidindo à cerimónia de inauguração ao lado do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais.

Nesta sessão foi também assinada a cedência das instalações por parte da autarquia ao CHLO, pelo período de cinco anos, com o propósito de reforçar a resposta em saúde mental à população.

A nova unidade resulta de uma remodelação completa do antigo edifício dos bombeiros de Paço de Arcos, que passa a acolher uma equipa com 30 anos de história e que segue atualmente mais de duas mil pessoas.

“Temos de tratar a saúde mental fora dos espaços concentracionários e dos espaços fechados que perpetuam o estigma”, sublinhou o ministro da Saúde. “Precisamos de muitos exemplos como este da equipa de saúde mental de Oeiras para mostrar que isto é possível e é desejável”, acrescentou, agradecendo o empenho da autarquia ao colocar a unidade numa zona nobre de Paço de Arcos, dotando-a de instalações modernas e confortáveis.

“Em Oeiras a descentralização está em movimento há muito tempo”, frisou Manuel Pizarro. “Para o cidadão é muito difícil compreender porque é que o Estado está dividido aos bocados. O Estado é igual, quer seja o poder central ou o poder local, e a nossa obrigação é cooperarmos uns com os outros de forma leal e compreendendo, evidentemente, o grau de autonomia de cada um”, sublinhou.

O ministro da Saúde destacou o investimento que está a ser feito no reforço das respostas em saúde mental com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, num valor global de 88 milhões de euros, que permitirão criar um total de 40 equipas comunitárias até 2026, requalificar enfermarias de internamento e avançar com a reforma do sistema forense da saúde, que dá resposta às pessoas declaradas inimputáveis por razões do foro mental.

Manuel Pizarro evocou a importância do trabalho da coordenação nacional e a recente aprovação da Lei da Saúde Mental na Assembleia da República, que considerou um momento decisivo da reorganização em curso nesta área. “Trata-se de valorizar os direitos humanos, a autonomia individual e a dignidade de quem sofre de doença mental”, afirmou.

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