Guidelines globais para grávidas com anemia falciforme

FOTO MARNCOM/ PIXABAY
O Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu a sua primeira guideline internacional sobre a gestão da anemia falciforme durante a gravidez. São mais de 20 recomendações que vão de aspetos nutricionais ao reforço da monitorização da mulher e da criança durante a gravidez
A anemia falciforme é um grupo de doenças hereditárias do sangue que se caracterizam pela produção de uma hemoglobina anormal. As células podem bloquear o fluxo sanguíneo, causando anemia severa, dores, infeções ou até AVC, sepsis ou falência de órgãos.
Os riscos intensificam-se durante a gravidez, porque o corpo requer mais nutrientes e oxigénio, podendo haver complicações como pré-eclampsia e nascimentos prematuros.
Pascale Allotey, diretor de Saúde Sexual e Reprodutiva e Investigação na OMS, disse, em comunicado da organização, que “com a anemia falciforme a aumentar, é necessário mais investimento para expandir o acesso a tratamento baseado na evidência durante a gravidez e também ao diagnóstico e informação sobre esta doença negligenciada”.
A guideline inclui 20 recomendações, como suplementação de ácido fólico e ferro, com ajustes em áreas onde a malária é endémica, gestão de crises da doença e alívio da dor, prevenção de infeções e coágulos sanguíneos, recurso a transfusões profiláticas e monitorização adicional da mulher e da criança ao longo da gravidez.
“É essencial que as mulheres com anemia falciforme possam discutir as suas opções de cuidado numa fase precoce da gravidez – ou idealmente antes – com prestadores conhecedores do assunto”, enfatiza Doris Chou, médico e principal redator da guideline.
Documento disponível na íntegra em https://www.who.int/publications/i/item/9789240109124
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