Evolução do universo PACS-DICOM: uma perspetiva técnica para administradores de sistemas de informação e decisores

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O avanço das tecnologias da informação e comunicação tem transformado significativamente o setor da saúde, particularmente na gestão das imagens médicas, onde os PACS (Picture Archiving and Communication System) asseguram os processos de arquivo, distribuição e visualização.

A norma DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) desempenha um papel vital na interoperabilidade e no fluxo de trabalho de imagens médicas dentro e fora das instituições de saúde. Este artigo tem como objetivo oferecer literacia essencial no universo PACS-DICOM, através de uma visão abrangente deste domínio de conhecimento, para administradores de sistemas de informação da saúde e decisores.

Neste contexto, exploramos os tradicionais serviços DICOM na intranet hospitalar, a importância dos Conformance Statements para garantir uma efetiva integração de componentes de vários tipos e fabricantes, a evolução para o DICOM Web e os desafios e vantagens das arquiteturas PACS@ Cloud. Além disso, aborda questões críticas de segurança, privacidade e a muito atual temática da inteligência artificial. Neste percurso, aproveitamos para dar a conhecer um pouco do que fazemos neste universo com projeção internacional.

Serviços DICOM na intranet hospitalar

Os PACS e serviços DICOM são essenciais para o manuseamento eficiente de imagens médicas dentro de um ambiente hospitalar. A primeira versão oficial do DICOM, conhecida como ACR-NEMA 1.0, foi publicada em 1985. Esta versão inicial estabeleceu um conjunto básico de padrões para a comunicação de imagens médicas, mas tinha limitações significativas em termos de interoperabilidade e funcionalidade.

A segunda versão, ACR-NEMA 2.0, foi lançada em 1988, trazendo melhorias nas especificações de rede e nas capacidades de armazenamento. No entanto, foi a terceira versão, publicada em 1993 e conhecida simplesmente como DICOM 3.0, que levou à sua utilização generalizada. Esta versão introduziu um modelo de objetos mais robusto, suporte a múltiplas modalidades de imagem e uma estrutura de rede mais sofisticada, possibilitando a comunicação entre diferentes sistemas e dispositivos. Desde então, o DICOM 3.0 tem sido continuamente atualizado e expandido para incorporar novas modalidades, tipos de dados (relatórios, sinais vitais, etc.) e requisitos clínicos...

Por Carlos Costa, Professor associado com agregação na Universidade de Aveiro e investigador no Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática e 

Luís Bastião Silva, Doutorado em Informática. Diretor técnico da BMD Software.

Artigo completo na TecnoHospital nº124, jul/ago 2024, dedicada ao tema 'Imagiologia – Parte II'

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