Entrevista a Jose Luis Sanchez
- 29 fevereiro 2024, quinta-feira
- Gestão

Diretor-geral da Iberdata desde setembro de 2018, Jose Luis Sanchez fala dos desafios tecnológicos que a evolução coloca à tecnologia médica e também da dificuldade, que por vezes surge, em compatibilizar upgrades tecnológicos e prioridades orçamentais.
Entrevista por Abraão Ribeiro, Hugo Raposo, Luís Duarte e Cátia Vilaça
Fale-nos um pouco do seu perfil.
Sou economista de formação, com mestrado em Gestão Hospitalar e Saúde Pública. O meu percurso profissional tem sido feito a 90 % na área da saúde, principalmente como administrador hospitalar, quer no setor público, quer no privado, e na consultoria estratégica e de operações para hospitais e empresas do setor.
Antes de estar na Iberdata, já tinha experiência no mesmo âmbito em Espanha?
Sim. Tenho trabalhado na perspetiva da saúde, tanto a gerir hospitais como a gerir projetos de empresas fornecedoras de serviços de manutenção e de serviços de saúde, mesmo para hospitais públicos. Em Espanha a carreira da gestão hospitalar pública não está tão definida como em Portugal, pelo que fazer uns anos no setor público e uns anos no privado não é assim tão estranho. Percebi, pelas últimas nomeações de administradores hospitalares em Portugal, que também já começa a acontecer isso, e pessoas que fizeram um percurso no público e algum trabalho no âmbito dos grandes grupos de saúde em Portugal, voltam para o público. Quando cá cheguei isto era quase um anátema, mas atualmente parece-me que, que tanto pela falta de recursos humanos como pela complementaridade das duas partes do sistema nacional de saúde, no final vai ser mais normal do que agora. Acho que é uma mais-valia para o SNS.
A Iberdata pertence ao grupo GEE, correto?
A Iberdata celebrou o ano passado 35 anos. É uma empresa iniciada por sócios portugueses, interessados em desafios. Portugal é um país de empreendedores. Nem todos os empreendimentos têm sucesso, mas por acaso este teve. Introduziram produtos muito inovadores numa altura em que o sistema de saúde em Portugal tinha limitações. Os médicos portugueses também são muito inquietos, procuram as inovações, portanto por vezes naqueles anos o interesse dos médicos não estava refletido no mercado. Nem todas as inovações que os médicos portugueses estavam em condições de aplicar na sua prática quotidiana tinham produtos para suportar essa mudança clínica. (...)
Leia a entrevista completa na TecnoHospital nº121, jan/fev 2024, dedicada ao tema 'Fronteira de impacto da Inteligência Artificial na Saúde'
Outros artigos que lhe podem interessar