Criado Grupo Regional de Gestão Centralizada e Apoio à Decisão

De acordo com o Plano de Outono-Inverno 2020-2021 da Direção-Geral da Saúde, a liderança e coordenação da resposta ao risco sazonal e da resposta COVID-19 e não-COVID-19 deve potenciar a articulação entre o Ministério da Saúde, os seus serviços e os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A nível nacional, o Ministério da Saúde e as suas instituições centrais assumem a coordenação estratégica das medidas e ações para o cumprimento dos objetivos do Plano, implementadas em cascata, através da intervenção estruturada e articulada a nível regional – Administrações Regionais de Saúde e respetivos Departamentos de Saúde Pública – e local – Agrupamentos de Centros de Saúde, Unidades Locais de Saúde, respetivas Unidades de Saúde Pública, e Unidades Hospitalares.
Neste contexto, no âmbito das atribuições que lhe estão cometidas pelo Decreto-Lei n.º 22/2012, de 30 de janeiro, compete à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), no âmbito da respetiva área de intervenção territorial, “executar a política nacional de saúde, de acordo com as políticas globais e sectoriais, visando o seu ordenamento racional e a otimização dos recursos” e “assegurar a adequada articulação entre os serviços prestadores de cuidados de saúde”.
A coordenação da utilização da capacidade instalada nos estabelecimentos hospitalares integrados no SNS constitui uma responsabilidade essencial neste domínio.
Segundo comunicado divulgado, “considerando que essa coordenação envolve especial complexidade face à exigência de equilibrar o melhor possível a resposta a todas as necessidades de saúde dos cidadãos, implicando capacidade de adaptação e ajustamento contínuo dos serviços num cenário de incerteza”, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) criou duas equipas que, juntas, constituem o novo modelo de gestão centralizada de camas hospitalares: o Grupo Regional de Gestão Centralizada (GRGC), que vai analisar a informação trabalhada pelo Núcleo de Apoio à Decisão (NAD) e fazer a interface entre o Conselho Diretivo da ARSLVT e os hospitais da Região.
O GRGC conta com a colaboração de elementos de vários grupos de profissionais da saúde e funciona junto do conselho diretivo da ARSLVT, reportando ao seu presidente. No seu modelo de funcionamento articula com os Conselhos de Administração dos estabelecimentos hospitalares regionais do SNS, através das suas direções clínicas.
O NAD, pelas suas competências em matéria de coordenação de operações, logística e informação, integra elementos do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
As duas equipas já iniciaram o seu trabalho esta semana. O plano de contingência para a gestão de camas hospitalares na Região prevê três níveis de resposta, aumentando sucessivamente o número de camas de enfermaria dedicadas à COVID-19.
Nível Base |
Nível 1 |
Nível 2 |
Nível 3 |
402 |
571 |
738 |
917 |
Nas Unidades de Cuidados Intensivos da Região, a capacidade instalada também pode expandir.
Nível Base |
Nível 1 |
Nível 2 |
Nível 3 |
75 |
104 |
148 |
185 |
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