Áreas críticas hospitalares

Este dossier sobre “Áreas Críticas Hospitalares” tem por objetivo reunir artigos focando aspetos importantes da organização hospitalar, com a finalidade de obter a melhor resposta na prestação de cuidados de saúde a doentes que, em estado crítico, são assistidos principalmente, nas UCI, urgência, salas de intervenção imagiológica, unidades de queimados e blocos operatórios.

Apesar de não ser uma nomenclatura oficialmente adotada ou padronizada, decidiu-se que seria importante usar a designação “Áreas Críticas Hospitalares” para agrupar, assim, temáticas relevantes, mesmo correndo o risco de a designação não ser “oficial” ou mesmo consensual.

No “dossier” abordam-se vetores, desde a organização e planificação de investimento, dimensionamento e gestão de serviços clínicos, até às questões específicas de engenharia e construção, visando atender às modernas exigências de projeto, conceção, construção e manutenção deste tipo de áreas que integram um hospital moderno, o qual deve ser preparado para responder à inovação e transformação contínua, que a evolução das novas tecnologias determina.

No artigo “Que modelo organizacional para a Medicina Intensiva:  da visão da conceção a execução” os autores relatam a experiência do lançamento de uma nova UCI no CHVNG, e as oportunidades e os desafios de tal missão que, referem, está atualmente muito para além do mero cumprimento de recomendações e normas técnicas.

Defendem que “uma gestão única e holística dos Serviços de Medicina Intensiva deve incorporar quer a gestão clínica do percurso assistencial do doente crítico quer o planeamento e operacionalização dos recursos técnicos e humanos”.

O autor de “Áreas críticas do hospital”, expressa a visão como projetista (arquiteto) e expõe a sua opinião sobre a necessidade de “humanizar” o hospital complementando-o “com serviços diversificados, com lojas, salas de espera e pátios com obras de arte. O Hospital Retail”…

Foca a dualidade hospitais públicos, privados e parcerias, referindo: “...ambos são necessários.”

A funcionalidade dos hospitais, planos diretores e as “áreas mais críticas” são temas de análise.

Em “Infraestruturas críticas em ambiente hospitalar: fundamentos, requisitos e desafios atuais na prestação de cuidados intensivos”, centram-se os autores nos principais requisitos arquitetónicos, funcionais e tecnológicos das unidades críticas e as áreas hospitalares de acordo com os riscos de infeção. Dissecando aspetos como a “definição e tipologia das áreas críticas” ou os “requisitos arquitetónicos, tecnológicos e funcionais”, analisam os “desafios contemporâneos na gestão das áreas críticas”, que “exigem uma abordagem sistémica e multidisciplinar, desde o planeamento arquitetónico à manutenção de equipamentos biomédicos” e realçam a “escassez de profissionais especializados” e suas consequências.

No artigo “Áreas críticas do hospital – instalações elétricas”, o autor afirma que “para que os hospitais continuem operacionais, mesmo em caso de catástrofes”, “devem ser projetados de forma a responderem de forma segura e resiliente nas condições mais extremas” e analisa “as instalações elétricas, como fator determinante para o concurso daquele objetivo”. Refere casos concretos como o “apagão” ou o incidente no PT no Hospital do Espírito Santo em Ponta Delgada, e alerta para a necessidade de meios complementares tais como a cogeração e a produção fotovoltaica.

Áreas críticas hospitalares, perspetiva ambiental” centra-se na conceção das instalações e na seleção dos equipamentos necessários para garantia das adequadas condições ambientais, com relevância para os sistemas de AVAC, em obediência às normas e regras técnicas específicas publicadas, nacionais e internacionais, cujo projeto requer o trabalho de uma equipa de arquitetos e engenheiros experientes, devidamente coordenada por técnico com conhecimento abrangente da área da saúde.

Dossier da TecnoHospital 131, setembro/ outubro de 2025
José Paulo Simões Duarte

Membro do Conselho de Redação da TecnoHospital

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