A Saúde Pública em tempos de pandemia
- 30 abril 2021, sexta-feira
- Gestão

Natan Rothschild foi o terceiro filho do fundador da dinastia dos banqueiros alemães, oriundos de Frankfurt. Estabeleceu-se em Londres como banqueiro e homem de negócios. No verão de 1836 viajou de Londres para Frankfurt, para casar um filho. Era um homem robusto, de 59 anos, cheio da saúde, uma fonte de energia inesgotável. Quando saiu de Londres estava com uma inflamação na região lombar. Consultado, um médico alemão tratou-o de um furúnculo.
Com o tratamento a ferida infetou e foi necessário chamar um cirurgião que lhe lavou a ferida. Apesar das dores, levantou-se da sua cama de hotel e compareceu à cerimónia. Acabou por falecer, em Frankfurt, de “envenenamento do sangue”, como se dizia na altura, ou provavelmente duma septicémia, como hoje se diz. Em meados do século XIX não havia antisséticos, muito menos antibióticos, nem sequer a necessidade da assepsia era considerada relevante. Aquele que era, provavelmente, o homem mais rico do Mundo sucumbiu a uma infeção provocada por um furúnculo ou até, quem sabe, pelos instrumentos usados para a lavagem da ferida.
De então para cá a Medicina, aproveitando o avanço das ciências básicas, teve uma evolução colossal.
“A Medicina é um ramo da Biologia Aplicada e é pedestre afirmar-se que parte apreciável dos seus avanços, em especial desde o fim da última guerra mundial, se devem à importação de conceitos e técnicas das ciências básicas e da engenharia. A radiologia oriunda da física, a bioquímica clínica vinda da química e as técnicas eletrofisiológicas de diagnóstico, simples extensão dos métodos de processamento de dados dos engenheiros, são talvez os exemplos mais conhecidos”. (...)
Meneses Correia, administrador hospitalar, aposentado
Artigo completo na TecnoHospital nº104, mar/abr 2021, dedicado ao tema 'A resposta do SNS à pandemia e os desafios do futuro'
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