Unidades hospitalares pré-fabricadas construídas em 69 dias

Uma empresa especializada em construção industrializada desenvolveu uma solução de emergência que permitirá construir em menos de três meses uma unidade modular de cuidados intensivos. Será utilizado o processo de pré-fabricação industrializado para estruturas hospitalares.

A estrutura proposta pela empresa italiana Manni Green Tech é 90 por cento pré-montada e não necessita de fundações. O módulo para 18 camas inclui duas camas isoladas, 125 metros quadrados de salas técnicas e 770 metros quadrados de área operacional. O processo completo, desde o fabrico até ao funcionamento total, demora apenas 69 dias.

Esta estrutura adapta-se perfeitamente aos sistemas de revestimento a seco - painéis sandwich isolantes por fora e paredes com acabamento em placas por dentro – de forma a garantir a qualidade, durabilidade e rapidez de instalação.

Os painéis metálicos isolantes irão permitir o isolamento térmico, a insonorização, a estanqueidade e ainda um elevado desempenho na reação ao fogo, de acordo com as mais diversas necessidades. Estes são acoplados a uma estrutura de aço, um material reciclável e antissísmico, permitindo um impacto mínimo no meio ambiente.

Em cada módulo estrutural é aplicado um sistema de ar condicionado controlado por computador, capaz de gerir também a pressurização e despressurização de cada box e que ajuda a conter a propagação infeciosa. Existe ainda um sistema de oxigénio medicinal de três gases (oxigénio, ar comprimido e vácuo), um equipamento de tomadas e possível suporte para cada cama. Todos os sistemas foram criados de acordo com as normas hospitalares atuais, desde os sistemas elétricos até aos de prevenção de incêndios e hidro-sanitários.

“Nascido para lidar com a emergência COVID-19, o módulo hospitalar multifuncional, no entanto, possui estruturas criadas para durar ao longo do tempo. O esqueleto de aço pode ser desmontado e movido para outras áreas de emergência”, lê-se na página da ISOPAN, empresa responsável pelos painéis usadas na fachada e no telhado.

Este projeto “resulta da sinergia entre profissionais e empresas do setor da saúde, que disponibilizaram a sua própria experiência em prol de uma solução capaz de combinar ergonomia, segurança e funcionalidade dos espaços, com a exigência adicional de prazos de projeto e construção muito rígidos”, garante a empresa.

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