ECDC sugere medidas individuais e comunitárias de proteção contra mosquitos

FOTO: NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS DISEASES/ UNSPLASH

Usar roupas que cubram todo o corpo durante o pico de atividade dos mosquitos ou aplicar larvicidas em massas de água são algumas das medidas que o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) sugere para reduzir riscos associados a vetores, no âmbito de um programa de atualizações semanais sobre vigilância.

Com a Europa a entrar na época do mosquito, o ECDC lança hoje uma série de atualizações semanais de vigilância para ajudar as autoridades de saúde pública a monitorizar doenças transmitidas por mosquitos de forma atempada. Os relatórios vão abranger chikungunya, dengue, Zika e vírus do Nilo Ocidental.

O objetivo destas atualizações é potenciar uma resposta mais rápida e também reforçar a coordenação entre países. Ao proporcionar dados epidemiológicos consistentes e praticamente em tempo real, as atualizações podem servir de base informativa para estratégias de controlo nacionais e regionais, especialmente agora que a Europa enfrenta épocas do mosquito mais intensas por causa das alterações climáticas.

Os vetores mais preocupantes atualmente na Europa são o Aedes albopictus, que pode transmitir dengue, chikungunya e Zika, Aedes aegypti, potencial vetor para a febre amarela, e Culex pipiens, que transmite vírus do Nilo Ocidental. O Aedes aegypti, por exemplo, já esteve eliminado da Europa, mas ressurgiu em Chipre. O ano passado, foram reportados 304 casos de dengue adquirida localmente na Europa, o que revela uma tendência de crescimento face aos 130 casos de 2023 e 71 de 2022. Já em 2025, França reportou seis surtos de vírus de chikungunya adquiridos localmente, com sintomas a despontar em maio e junho, uma altura muito precoce.

As medidas de segurança individuais indicadas pelo ECDC incluem a aplicação de repelente na pele exposta, usar manga comprida e calças especialmente ao entardecer e de madrugada, quando os mosquitos estão mais ativos, ou usar redes mosquiteiras sobre a cama. Quem regressar de zonas onde estas doenças circulam deve manter as precauções durante pelo menos mais três semanas para evitar introduzir vírus em zonas onde há vetores presentes. No que respeita ao ambiente e à comunidade, recomenda-se remover a água estagnada de canteiros, baldes e caleiras para limitar condições favoráveis à reprodução. Em massas de água maiores, podem ser usados larvicidas, e também adulticidas quando há surtos ativos, considerando sempre o impacte ambiental.

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