Projeto visa otimizar diagnóstico de doenças colorretais
- 23 fevereiro 2022, quarta-feira
- Gestão

Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no Porto, desenvolveram uma solução que, com recurso a inteligência artificial, permite identificar anomalias e otimizar o diagnóstico de doenças colorretais.
Em comunicado, o instituto do Porto esclarece que a solução, desenvolvida no âmbito do projeto CADPath.AI financiado pelo programa Portugal 2020, permite “identificar anomalias e diagnósticos de forma totalmente digital”.
A solução, desenvolvida em parceria com o laboratório de anatomia patológica IMP Diagnostics, recorre a inteligência artificial para “melhorar os cuidados de saúde”.
O modelo incluído no protótipo tem como base um algoritmo de inteligência artificial desenvolvido a partir da análise de 4.500 biopsias e polipectomias colorretais, “apresentando uma sensibilidade de 98.9 por cento e uma taxa de acerto de 90.2 por cento”.
Citado no comunicado, o investigador do INESC TEC Jaime Cardoso observou que o protótipo vai permitir ao médico “reportar se o diagnóstico automático está correto, possibilitando a integração de novos dados no desenvolvimento do algoritmo e melhorando o seu desempenho ao longo do tempo”.
Também a diretora clínica do laboratório de anatomia patológica, Isabel Macedo Pinto, afirmou que através desta solução o patologista poderá analisar a imagem digitalizada de uma amostra e “obter, em tempo real, a classificação da amostra, seja ela sem neoplasia, lesão de baixo grau ou lesão de alto grau”.
“O sistema é também capaz de gerar um mapa representativo da classificação específica das diferentes áreas do tecido, guiando o patologista para as áreas de maior interesse para o respetivo diagnóstico”, acrescentou.
O protótipo vai começar a ser testado este mês no IMP Diagnostics.
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