Pode a Inteligência Artificial ajudar no diagnóstico de doenças?
Imagem Gerd Altmann/ pixabay
Os grandes modelos de linguagem não são adequados para o diagnóstico de doenças. Os chatbots médicos fazem diagnósticos apressados, não cumprem guidelines e podem colocar em risco a vida dos pacientes. Esta é, pelo menos, a conclusão de uma equipa da Universidade Técnica de Munique (TUM), na Alemanha, que investigou de modo sistemático o grau de adequação desta forma de Inteligência Artificial (IA) à prática clínica. Ainda assim, os cientistas encontraram potencial na tecnologia e publicaram um método para testar a fiabilidade de futuros chatbots médicos.
Estes modelos de linguagem de grandes dimensões são programas informáticos treinados com quantidades massivas de texto. Variantes da tecnologia por detrás do ChatGPT agora resolvem inclusivamente exames finais de cursos de medicina quase sem falhas. Mas será este tipo de IA capaz de desempenhar as tarefas dos médicos num serviço de urgência, por exemplo?
Seria capaz de solicitar os exames adequados, fazer o diagnóstico correto e criar um plano de tratamento com base nos sintomas exibidos?
Uma equipa interdisciplinar liderada pelo professor de Inteligência Artificial em Cuidados de Saúde e Medicina Daniel Rückert expôs a questão na revista “Nature Medicine”.
Pela primeira vez, médicos e peritos em IA investigaram o sucesso do modelo de linguagem Llama 2 na realização de diagnósticos.
Para testar as capacidades destes algoritmos complexos, os investigadores recorreram a dados anonimizados de pacientes de uma clínica nos EUA. Foram selecionados 2400 casos a partir de um conjunto mais alargado...
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