Imagiologia no apoio ao tratamento e seguimento de terapias

No início do séc. XX, a técnica para diagnóstico radiográfico estava vulgarizada e com grande aplicação em diversas regiões anatómicas: ortopedia/esqueleto, tórax, abdómen.
O fluoroscópio inventado em 1896 por Enrico Salvioni (tendo Thomas Edison também apresentado um invento nesse mesmo ano) deu origem, posteriormente, ao sistema Intensificador de Imagem / TV que efetua a leitura instantânea da imagem, permitindo estudos dinâmicos.
A visualização estruturas vasculares através de raios X foi conseguida pelo Prof.º Egas Moniz. No dia 28 de junho de 1927, com o Dr. Almeida Lima, realizou, no Hospital de Santa Marta, a primeira angiografia cerebral.
Nas décadas de 70/80, há uma “revolução” tecnológica que, aproveitando o potencial de processamento dos novos computadores, permite, para além da Radiografia / Fluroscopia, a “multiplicação” de modalidades imagiológicas.
A Tomografia Axial Computorizada (TAC) foi desenvolvida por Godfrey Hounsfield. Construiu, em 1971, o primeiro equipamento de tomografia computorizada, capaz de processar imagens do crânio e encéfalo em “fatias finas” e tempo de aquisição de cinco minutos por imagem!!!
Hoje temos velocidades de rotação de 0,2s/360º, sistemas com duas ampolas e 320 fileiras de detetores com aqusições de 1600 cortes/s.
Felix Bloch e Edward Purcell descobriram o fenómeno da ressonância magnética em 1946. A RM para diagnóstico foi apresentada em 1973 por Paul Lauterbur. Em 1977 surge a técnica eco-planar (EPI), que permite obter imagens dinâmicas (“vídeo”).
Os “pais” da ecografia foram o casal de médicos Douglas e Dorothy Howry em 1957, tecnologia que avançou muito também desde a década de 70 aos dias de hoje.
Nos últimos trinta anos, as diferentes modalidades imagiológicas registaram consideráveis avanços nas resoluções espacial e temporal. Com o incremento de novas tecnologias como a fusão de imagem e métodos avançados de diagnóstico preditivo, a Imagiologia vai deixando a primeira linha do diagnósticoe ganha importância no suporte a técnicas de intervenção, tratamento e seguimento (“follow up”) de terapias aplicadas aos doentes (cirurgia, radioterapia, etc.). (...)
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