CHULC implanta próteses biológicas em doentes cardíacos graves

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) realizou um procedimento inovador na área da cardiologia, executado pela primeira vez em Portugal.

O procedimento consiste na colocação por cateterismo de duas próteses biológicas, que se implantam na união das veias cavas superior e inferior com a aurícula direita, em pacientes com insuficiência cardíaca por regurgitação tricúspide grave com elevado risco cirúrgico ou considerados inoperáveis.

A intervenção pouco invasiva com dispositivos TricValve aconteceu pela primeira vez a 5 de março, no laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santa Marta, tendo sido dirigida por Duarte Cacela e realizada em dois doentes de faixas etárias distintas.

A válvula tricúspide é referida no meio cardiológico como a “válvula esquecida”, não sendo alvo das mesmas inovações tecnológicas disponibilizadas às válvulas aórtica e mitral. A sua insuficiência é uma patologia comum em doentes com doença cardíaca valvular mitral e/ou aórtica e está associada de forma independente a uma elevada taxa de mortalidade.

De acordo com o hospital, a maioria dos doentes com regurgitação significativa da válvula tricúspide é tratada com medicamentos, sendo que apenas cerca de 0,5 por cento são submetidos a reparação e menos ainda a substituição valvular. Com o procedimento agora introduzido, a capacidade de tratar este tipo de pacientes “ganha novos horizontes”.

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