Áreas críticas no hospital – instalações elétricas
FOTO VITALWORKS/ PIXABAY
Pretende-se que os hospitais continuem operacionais, mesmo em caso de catástrofes, isto é, independentemente das circunstâncias internas e externas, de modo a fornecer os serviços de prestação de cuidados de saúde a todos os que a eles recorram.
Para que tal suceda, os hospitais devem ser projetados de forma a responderem de forma segura e resiliente nas condições mais extremas.
Neste artigo vamos analisar as instalações elétricas como fator determinante para o concurso daquele objetivo.
Recentemente, Portugal sofreu um apagão durante mais de 10 horas consecutivas. Independentemente das causas que o motivaram, há que reter os constrangimentos que se verificaram nos hospitais, pois a produção de todos eles foi fortemente prejudicada, porque na falta de energia elétrica nada funciona.
Dir-se-á que os hospitais têm grupos de emergência que arrancam de forma automática em caso de falha no abastecimento de energia elétrica à parte da rede de distribuição e mantêm o funcionamento parcial das instalações elétricas dos hospitais. Logo aqui há que evidenciar o funcionamento parcial, porque em termos de dimensionamento em projeto, as instalações elétricas socorridas pelos grupos de emergência são as consideradas prioritárias para a resposta ao suporte de vida dos doentes em situação mais crítica, desde logo as áreas afetas a essa tipologia de doentes.
Tem sido assim o critério do dimensionamento das instalações elétricas, plasmado nas Regras Técnicas, elaboradas em tempo pelos técnicos da antiga Direcção Geral das Construções Hospitalares e da sua sucessora, Direcção Geral das Instalações e Equipamentos de Saúde, extinta numa decisão política de má memória e com graves prejuízos para a definição do projeto e execução hospitalar, atendendo à evolução tecnológica aplicada diretamente às instalações especiais e aos edifícios, tendo sempre em atenção a evolução dos equipamentos e terapêuticas. (...)
Autor: Pascoal Martins Faísca
Engenheiro Eletrotécnico
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