Aplicação de Sistemas Inteligentes ao Diagnóstico, Prognóstico e Escolha de Tratamento

No verão de 1956 juntaram-se vários especialistas no colégio de Dartmouth, em New Hampshire, para apresentar, discutir e clarificar as suas perspetivas sobre o tema emergente de “máquinas pensantes”, ou seja, a construção de máquinas com capacidades cognitivas tais como raciocínio e aprendizagem. Não obstante algumas hesitações de percurso, decorrentes do defraudar de algumas expectativas iniciais pouco realistas, a Inteligência Artificial (IA) desenvolveu-se e assume hoje um papel cada vez mais preponderante em diversas áreas centrais da economia mundial.

De acordo com um relatório recente da Price Waterhouse Cooper [1], estima-se que o impacto positivo das técnicas de IA no PIB global seja de 13.8 por cento no ano 2030, sendo que será nos serviços públicos, de saúde, educação e indústria de entretenimento que se perspetivam os maiores ganhos (21 por cento). Face a isto, é perfeitamente adequado dizer que estamos no início de uma revolução de IA, que está a chegar com efeitos disruptivos e cujo impacto será profundamente sentido daqui a uma década. Um marco importante na história da IA foi a vitória do computador Deep Blue, em 1996, face ao campeão mundial de Xadrez de então, Garry Kasparov. Foi a primeira vez que ficou claramente demonstrada a capacidade de a IA ultrapassar o desempenho humano, numa área até então considerada um símbolo emblemático da capacidade intelectual e, por isso, o pináculo da pesquisa em IA.

Fernanda Madureira Coutinho e Jorge Miguel Sousa Barreiros (docentes do ISEC/IPC)

Artigo publicado na edição nº87 da TH

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