Sistema Não Invasivo para Diagnóstico e Predição de Anomalias numa Indústria Farmacêutica

  • 31 dezembro 2021, sexta-feira
  • Gestão

(...)

A indústria farmacêutica procura cada vez mais aumentar a eficiência geral dos seus ativos, de maneira a obter uma contínua e elevada produção, inserida num setor amplo, complexo e altamente competitivo. Contudo, com o aparecimento dos genéricos, a forte pressão dos governos no que diz respeito ao preço dos medicamentos e aos cortes nos reembolsos, encontrar soluções que permitam reduzir custos operacionais é uma prioridade para a indústria farmacêutica. Adicionalmente, a capacidade para produzir e distribuir de forma sustentável também é uma prioridade.

Neste ambiente, situações de incumprimento, como a descarga das águas residuais, as emissões atmosféricas, a contaminação de um lote de produtos ou a paragem na produção, pode gerar perdas ao nível da operação de vários milhões de euros. Assim, o diagnóstico e a predição de anomalias no processamento dos produtos é essencial para se atingirem elevados indicadores de desempenho, que são suportados por requisitos regulamentares e pela sistemática avaliação da qualidade dos produtos fabricados.

Aliado a estes, neste tipo de indústria, há um elevado zelo pelo meio ambiente, bem como pela salvaguarda das condições de trabalho dos seus colaboradores. Num ambiente tão controlado e de elevada sensibilidade, é exigido que as perturbações do processo sejam mínimas, pelo que é fundamental que se caminhe para a utilização de sistemas não invasivos para diagnóstico e predição de anomalias, através de uma política de manutenção de condição baseada em sensores sem contacto e de contacto não invasivo, que alimentem os modelos de predição dotados de ferramentas de inteligência artificial.

Sistemas que obedeçam aos princípios apresentados conseguem fazer a monitorização dos sinais, de forma a detetar situações de anomalia no equipamento, com indicação das suas causas e propostas de solução, sem que haja interferência com o processo e com o nível de produção dos ativos. Esta inovação permite diminuir tempos de manutenção e, assim, maximizar a disponibilidade e eficiência dos equipamentos, usualmente medidas pelo OEE (Overall Efficiency Equipment). (...)

Em colaboração com David Oliveira, Inácio Fonseca, Mateus Mendes, Hugo Raposo e Rafael Raposo

Artigo completo na TecnoHospital nº108, nov/dez 2021, dedicada ao tema 'Perspetiva sobre as tecnologias e processos no setor farmacêutico'

José Torres Farinha

CEMMPRE (Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos, Universidade de Coimbra) e ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra)

Se quiser colocar alguma questão, envie-me um email para info@tecnohospital.pt

Newsletter TecnoHospital

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia e Gestão da Saúde.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.