Sete hospitais portugueses participam em estudo ibérico

  • 16 outubro 2023, segunda-feira
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O estudo PROTINCOL, um estudo ibérico promovido pelo Grupo Gallego de Investigación en Tumores Digestivos (GITuD), com o apoio da LEO Pharma, que tem como propósito apoiar as melhores soluções terapêuticas para o tratamento da trombose associada ao cancro, está a decorrer em sete hospitais portugueses, esperando-se que sejam recrutados cerca de cem doentes.

Levado a cabo por investigadores independentes, o estudo decorre num total de 40 hospitais da Península Ibérica. Em Portugal, integram este estudo o Hospital Garcia de Orta, CUF Tejo, Fundação Champalimaud, Centro Hospitalar Barreiro Montijo, Hospital Luz Lisboa, Hospital de São Bernardo e Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho.

Estima-se que os resultados do estudo PROTINCOL, cujo principal foco é o cancro do cólon, sejam apresentados no último trimestre de 2025.

A identificação dos doentes que necessitam de terapêutica anticoagulante surge como uma necessidade urgente para evitar que alguns doentes possam estar expostos, desnecessariamente, ao risco de hemorragias.

O coordenador do estudo em Portugal, Hélder Mansinho, diretor do Serviço de Hemato-Oncologia do Hospital Garcia de Orta, referiu que “os doentes com cancro do cólon que sofrem de tromboembolismo venoso têm um pior prognóstico e geram custos acrescidos em saúde”.

“Se a individualização da profilaxia antitrombótica puder reduzir as complicações do tratamento oncológico ambulatório e for custo-efetiva, será uma mais-valia no cuidado futuro de doentes com cancro colorretal metastático”, acrescentou.

O diretor do Departamento Médico da Unidade de Trombose da LEO Pharma, Esteve Colomé, referiu que “o uso de novos e mais eficazes tratamentos anticancerígenos levaram a um aumento na incidência do tromboembolismo venoso em doentes oncológicos. Apoiar estudos da iniciativa do investigador, como este, que permitem adquirir um maior conhecimento sobre a patologia e beneficiar a qualidade de vida dos doentes, é da maior relevância”.

Os doentes com cancro apresentam um risco superior de desenvolver um coágulo venoso, devido à alteração do equilíbrio do sistema de coagulação.

De acordo com dados do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose, o tromboembolismo venoso associado ao cancro é cada vez mais prevalente, e as estimativas apontam para que afete um quinto de todos os doentes oncológicos. É a segunda principal causa de morte em doentes com cancro, apenas ultrapassada pelo próprio tumor.

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