RX com menor dose de radiação em Portugal

O EOS é um sistema de imagem que permite fazer um estudo do corpo inteiro com imagens 2D e 3D, podendo reduzir entre 50 a 85 por cento da dose de radiação. Já está a ser utilizado no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa.

Até ao momento, para adquirir imagens de estudos de coluna vertebral ou membros inferiores eram necessárias várias exposições de radiação (RX) nos sistemas de radiologia convencional portugueses.

Com este novo equipamento médico, passa a ser possível obter uma avaliação mais precisa e rigorosa para o diagnóstico e tratamento do doente, adquirindo imagens biplanares em simultâneo da coluna vertebral, membros inferiores e corpo inteiro com uma única exposição.

A principal vantagem do EOS é a baixa dose de radiação a que o doente é exposto, quando comparando com outros equipamentos de RX. A dose pode baixar entre 50 a 85 por cento nos sistemas de radiologia convencional, e poderá atingir uma redução de 95 por cento em exames específicos em comparação com sistemas de tomografia computorizada (TAC).

“Nos equipamentos de TAC e RX é emitida radiação ionizante – que é cumulativa. Pode, por isso, ao longo do tempo e com a frequência da sua realização, causar danos celulares”, explica o coordenador de Ortopedia no Hospital CUF Descobertas, Jorge Mineiro. “Com o EOS, ao reduzirmos a exposição do doente à radiação ionizante, estamos a minorar a probabilidade de desenvolver esses danos. Esta vantagem torna-se particularmente relevante em casos de escoliose, que afeta com maior frequência crianças e adolescentes e requer follow-ups”, acrescenta o coordenador.

Este equipamento traz ainda mais vantagens, tais como um sistema informático de pós-processamento avançado, a diminuição do tempo do exame, a aquisição de imagens de corpo inteiro, a obtenção de medições precisas em 2D e 3D e a possibilidade de calcular os mais diversos ângulos da coluna vertebral e outros parâmetros pélvicos. “Permite perceber que a coluna não está apenas x milímetros mais para direita, como também está y milímetros inclinada”, exemplifica Jorge Mineiro, que já está a utilizar o EOS.

Estes dados são essenciais para o diagnóstico correto e preciso de muitas patologias da coluna vertebral, para delinear um plano terapêutico avançado e avaliar o tratamento ortopédico.

O EOS pode beneficiar adultos e crianças que sofrem de escoliose, patologias posturais, patologias deformativas e degenerativas da coluna, discrepâncias no comprimento da perna e osteoartrite do quadril e joelho, entre outros. Na patologia da coluna e mais precisamente em doentes pediátricos, este equipamento permite efetuar exames em follow-up com recurso a micro-dose (dose de radiação ainda mais baixa).

O exame é realizado em pé, mas para as pessoas com algumas limitações existe a possibilidade de realizar o mesmo sentado.

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