Queixas no setor da saúde disparam 71%

Numa altura em que o país regressou ao estado de emergência, o Portal da Queixa revela um estudo analítico sobre as reclamações dos portugueses dirigidas ao setor da saúde, desde o início do ano, até ao dia 9 de novembro.

À maior rede social de consumidores de Portugal chegaram mais de seis mil reclamações (6103), um aumento de 71 por cento, face ao mesmo período em 2019 (3573). O setor privado regista 64,9 por cento do total de reclamações (3962), e o setor público regista 35,1 por cento (2141). Relacionadas com a Covid-19 estão 21 por cento do total de queixas apresentadas pelos utentes (1305).

De acordo com o estudo desenvolvido pela equipa do Portal da Queixa, este ano, a liderar o maior volume de reclamações recebidas estão: os planos e seguros de saúde (1261), as farmácias (932), os hospitais e maternidades (930) e os grupos de saúde privados (824), com destaque para as farmácias que, comparativamente com o período homólogo, registaram o maior crescimento do número de queixas, uma subida de 231 por cento.

Entre os principais motivos de reclamação dos consumidores dirigidos às diferentes entidades de saúde estão a dificuldade de marcação de consulta apontada aos centros de saúde (56 por cento do total de queixas dirigidas a estes organismos) e nos hospitais públicos, o mau atendimento é o motivo reportado em 21 por cento das reclamações.

Nos hospitais e clínicas privadas, os portugueses apresentaram queixas sobre faturação errada (43 por cento), sobre cobrança de taxas para kits de proteção (23 por cento) e mau atendimento (12 por cento).

Nos laboratórios de análises clínicas, os problemas gerados com o rastreio à Covid-19 geraram 27 por cento das reclamações.

No início da pandemia, as Farmácias foram um forte alvo de reclamação junto do Portal da Queixa.

Os problemas relacionados com a venda de máscaras geraram 58 por cento das queixas registadas e os preços praticados no álcool gel desinfetante originaram 37 por cento das reclamações.

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