Manutenção Preditiva nos Equipamentos de Saúde: princípios, benefícios, obstáculos e o futuro

Tradicionalmente, a manutenção é realizada de forma corretiva e também preventiva. No primeiro caso pretende-se, através de intervenções não programadas, corrigir avarias de equipamento ou outras necessidades emergentes. No segundo caso, são realizadas intervenções periódicas pré-programadas e destinadas a preservar o bom estado de funcionamento, com o objetivo de prevenir avarias ou degradações inaceitáveis do desempenho e segurança operacional. O modelo corretivo e preventivo de manutenção apresenta algumas limitações, nomeadamente:

  • A necessidade de realizar intervenções de manutenção resulta na indisponibilidade temporária do equipamento. No caso de intervenções preventivas, esta indisponibilidade pode ser antecipada e gerida de forma a minimizar os inconvenientes causados. No entanto, nos casos de equipamentos críticos que não sejam facilmente substituíveis ou de manutenções corretivas, a capacidade de gestão é menor.
  • Os fabricantes de equipamento sugerem a periodicidade das manutenções preventivas. No entanto, estas sugestões são apenas estimativas baseadas em determinados cenários típicos de utilização. As necessidades de manutenção revelam-se, na prática, variáveis conforme o nível de utilização, idade e desgaste do equipamento, que pode variar de unidade para unidade. Isto pode resultar na subestimação ou sobrestimação das necessidades de manutenção. No primeiro caso, a manutenção insuficiente irá resultar em baixa qualidade operacional do equipamento e num aumento das necessidades de intervenções corretivas. No segundo caso, o número excessivo de intervenções irá resultar em desperdício de recursos e menor disponibilidade do equipamento face àquilo que seria necessário.

Na Figura 1 pode observar-se uma representação indicativa desta dinâmica: uma frequência excessiva de intervenções preventivas permite atingir níveis elevados de qualidade de serviço, mas com retorno decrescente e aumento progressivo de custo (em termos de tempo de paragem e número de intervenções). Por outro lado, um número insuficiente de intervenções preventivas resulta numa diminuição dos parâmetros de qualidade de operação, assim como em maior necessidade de intervenções corretivas. (...)

Artigo completo na TecnoHospital nº105, mai/jun 2021, dedicado ao tema 'Manutenção, monitorização e predição de Instalações e Equipamentos de Saúde'

Fernanda Coutinho

Engenheira Eletrotécnica

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