Criado grupo de Trabalho para acompanhar Cirurgia de Ambulatório

O Governo criou, através de Despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o Grupo de Trabalho para o Acompanhamento do Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (GTADCA), cujo objetivo é proceder à avaliação da cirurgia de ambulatório nos últimos 10 anos em Portugal e identificar áreas de intervenção prioritária para continuar a melhorar esta resposta no Serviço Nacional de Saúde

O GTADCA irá proceder à caracterização da evolução da cirurgia de ambulatório desde 2008 até à atualidade. Irá igualmente identificar eventuais constrangimentos estruturais, de recursos humanos, formação, ou outros, que condicionam o crescimento desta prática. Prevê-se também uma revisão dos procedimentos cirúrgicos ambulatorizáveis e tendencialmente ambulatorizáveis a serem utilizados na determinação de taxas de ambulatorização. Outro dos objetivos será estruturar um modelo integrado de acompanhamento das unidades de cirurgia ambulatória, focado na qualidade e elencando processos de acreditação. O grupo irá ainda propor ajustamentos ao modelo de financiamento das instituições do SNS, de forma a incentivar a realização da cirurgia de ambulatório, bem como analisar as condições de funcionamento das instituições com indicadores menos adequados, propondo medidas para a sua melhoria.

O grupo será coordenado por Carlos Magalhães, da Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória, contando ainda com Vicente Vieira e Célia Castanheira, da mesma associação. O grupo terá ainda a participação de Cláudia Medeiros Borges e Sofia Coutinho, da ACSS, Bruno Trigo, dos SPMS, Anabela Coelho, da DGS, e Ana Craveiro, da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

O Ministério da Saúde considera a cirurgia de ambulatório um importante instrumento para o aumento da eficiência na organização hospitalar, com múltiplas vantagens, como a recuperação do doente em casa e a possibilidade de organizar a estrutura hospitalar de forma a dedicar o internamento às situações mais complexas, racionalizando a despesa. Apesar do crescimento desta prática, existem ainda unidades de saúde com taxas inferiores às melhores práticas nacionais, em hospitais com dimensão e complexidade comparáveis, carecendo esta prática de um maior desenvolvimento, sustenta o Ministério.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória congratulou-se com a criação deste grupo de trabalho, tendo Carlos Magalhães realçado que vai passar a ser possível “identificar áreas que, apesar do crescimento, carecem ainda de desenvolvimento, de forma a maximizar as vantagens da cirurgia de ambulatório e o seu importante contributo para o aumento da efetividade, da qualidade dos cuidados e da eficiência da organização hospitalar”.

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