Entrevista a Sónia Dias

Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública desde 2022, Sónia Dias tem feito um percurso na vertente académica e noutras áreas de atuação. Nesta entrevista concedida por email, a inovação na oferta formativa e as parcerias internacionais são prioridades assumidas pela diretora, que assume o trabalho colaborativo como essencial para enfrentar as futuras crises de saúde.

Entrevista por Abraão Ribeiro, Paulo Salgado e Cátia Vilaça | Fotografia: D.R.

Trace-nos resumidamente o seu perfil pessoal e profissional.

Sou Professora Catedrática em Promoção da Saúde, Doutorada em Saúde Internacional e Licenciada em Psicologia. A minha atividade académica tem-se centrado na saúde das populações, nomeadamente na promoção da saúde, prevenção da doença, literacia em saúde, ciências socio-comportamentais e desigualdades em saúde e no acesso aos serviços de saúde. Sempre senti o compromisso contínuo em integrar o ensino com a investigação e a inovação com um modelo mais abrangente de saúde, traduzido na criação e avaliação de soluções inovadoras para enfrentar os desafios complexos da saúde pública global. Desenvolvi a minha atividade académica, numa primeira fase, no Instituto de Higiene e Medicina Tropical/ NOVA. Na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA Lisboa (ENSP NOVA), onde estou há seis anos, coordenei o Centro de Investigação em Saúde Pública (CISP). Desde sempre que trabalho com parceiros internacionais, incluindo países da CPLP, nos múltiplos projetos em que tenho estado envolvida. Fui membro cerca de sete anos do Scientific and Technical Advisory Committee da Organização Mundial de Saúde/Programa TDR e sou vice-presidente e membro do Steering Committee da European Public Health Association – EUPHA Section on Migrant and Ethnic Minority Health. Tenho atuado em painéis de avaliação internacionais e nacionais, e como consultora em organizações internacionais como a OMS, Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, Banco Mundial, Organização Internacional para as Migrações, entre outras. Em 2022, assumi a Direção da ENSP NOVA, motivada para alcançar a consolidação da Escola como instituição de referência em Saúde Pública em Portugal e entre as instituições líderes na Europa, reforçando o seu papel na resposta aos múltiplos desafios da saúde pública global, presentes e futuros, e na necessária transformação dos sistemas de saúde. Este ano tenho ainda um outro desafio internacional, pois sou a Chair Científica da Conferência Europeia da Saúde Pública da EUPHA, que irá decorrer em Lisboa.

Qual é, no essencial, a oferta formativa da NOVA - Escola Nacional de Saúde Pública, nas diversas áreas onde atua?

No essencial, a oferta formativa da ENSP NOVA tem como foco a preparação de profissionais capazes de responder aos complexos desafios da saúde, de terem um papel relevante na inovação no sistema de saúde e de atuar como agentes de mudança, com competências tecnológicas e de liderança adaptáveis às rápidas transformações do setor. Consciente destes desafios e necessidades, a ENSP NOVA tem uma oferta formativa consolidada e diversificada, refletida nos seus 19 cursos regulares ao nível de doutoramento, mestrado, especialização e pós-graduação e um programa de treino ao longo da vida, para desenvolvimento de competências específicas. A ENSP NOVA integra na sua oferta formativa as ciências da saúde, gestão, ciências computacionais (como inteligência artificial e ciência de dados) e ciências comportamentais. No domínio da gestão de serviços de saúde em particular, a ENSP NOVA tem um histórico sólido na formação e capacitação de líderes, administradores hospitalares, gestores e profissionais, tanto a nível nacional como internacional. (...)

Leia a entrevista completa na TecnoHospital nº123, mai/jun 2024, dedicada ao tema 'Imagiologia – Parte I'

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