Engenharia Biomédica

A engenharia biomédica é uma das mais recentes áreas da engenharia, e resulta da necessidade de profissionais capazes de responder às elevadas evoluções científicas e tecnológicas no sector da saúde. De facto, a evolução nos cuidados médicos das últimas décadas deve-se maioritariamente à evolução científica e tecnológica. Por exemplo, atualmente, na União Europeia, o maior número de patentes (i.e., de inovação) é na área das tecnologias médicas, acima do número de patentes associada à comunicação digital, computação, energia, electrotecnia e biotecnologia (EPO, 2020).

Esta contínua inovação implica um aumento de procura de engenheiros biomédicos. Nos EUA prevê-se um crescimento na procura destes profisionais de 14 por cento ao ano até 2030 (BLS, 2022). A formação em engenharia biomédica é, assim, uma necessidade actual e em crescimento sustentado pela crescente necessidade de cuidados de saúde.

As engenharias tradicionais, como a engenharia química, mecânica, electrotécnica, informática e civil, por regra, são definidas pelos métodos que utilizam numa determinada área de intervenção. Já a engenharia biomédica é definida pela área de aplicação, i.e., a área da saúde, e não pelos métodos em si, uma vez que utiliza métodos das várias áreas da engenharia.

Neste âmbito, a formação de base em engenharia biomédica deve ser interdisciplinar e assentar na integração de conhecimentos de ciências biológicas e médicas com as diversas engenharias: química, materiais, mecânica, electrónica e informática. É da integração destes conhecimentos que resultam as várias áreas de intervenção da engenharia biomédica, englobando o desenvolvimento de produtos e processos para diagnóstico, terapêutica ou de gestão (Bronzino, 2015). (...)

Cecília R.C. Calado, professora adjunta, coordenadora da licenciatura em Engenharia Biomédica do ISEL- Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, coordenadora do mestrado em Engenharia Biomédica do ISEL e da ESTeSL, e responsável pelo Laboratório de I&D em engenharia & Saúde do ISEL; Paulo J.S. Gonçalves, professor coordenador do Instituto Politécnico de Castelo Branco e responsável pelo laboratório de Robótica e Equipamentos Inteligentes do IPCB; e Manuel Matos, professor coordenador do ISEL- Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e pró-presidente do Politécnico de Lisboa

Artigo completo na TecnoHospital nº110, mar/abr 2022, dedicada ao tema 'A engenharia biomédica'

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