CHUC vai criar um serviço de reabilitação remota

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai receber cerca de 1,3 milhões de euros do programa H2020 para criar um serviço de reabilitação remota para áreas isoladas.

O projeto insere-se numa candidatura apresentada por um consórcio de 12 instituições, liderado pelo Instituto Aragones de Ciencias de la Salud, ao programa H2020 H2020-SC1-DTH-2020-1, com o projeto ROSIA – Remote Rehabilitation Service for Isolated Areas (Serviço de reabilitação remota para áreas isoladas).

A candidatura foi aprovada com o financiamento total de 4.968.784,59 euros, sendo que o CHUC vai receber um financiamento de 1.297.001,25 euros para despesas de compra pública de inovação, recursos humanos e outros custos relacionados com o projeto.

De acordo com o comunicado divulgado pelo CHUC, “trata-se de um modelo de reabilitação no domicílio, desenhado a partir de um modelo de cuidados integrados com base em medidas que otimizam a qualidade e a utilização de recursos clínicos”.

Este modelo de cuidados, que “necessita de um forte envolvimento da comunidade, é diversificado na utilização de tecnologia e implica soluções disruptivas em casa, intervenções orientadas a dados e uma plataforma aberta para soluções de terceiros que integra comunicação oportuna e eficaz”.

O documento refere ainda que o investimento em reabilitação é insuficiente e o envelhecimento da população aumenta a sua necessidade. Assim, com este projeto, o centro hospitalar pretende criar um modelo de cuidados de saúde organizado em torno da autogestão e autocuidado.

O projeto “planeia desbloquear o mercado atual para buscar soluções disruptivas para a reabilitação domiciliária através do desenvolvimento do Ecossistema de Inovação ROSIA, para possibilitar aos clínicos a prescrição de soluções certificadas e facilitar às Pequenas e Médias Empresas e pesquisadores o acesso ao sistema de saúde”.

Segundo o CHUC, “em algumas regiões europeias, onde se inclui Portugal, as áreas geográficas remotas enfrentam grandes índices de despovoamento, o que aumenta, por sua vez, a necessidade de cuidados relacionados à idade, onde se inclui a reabilitação”, acrescentando que os recursos mantêm-se limitados e os inconvenientes da viagem tornam o tratamento penoso e muitas vezes até inviável.

O ROSIA inclui parceiros especializados em áreas como cuidados integrados, gestão de dados e plataformas abertas, saúde baseada em valor, experiência do doente, compra pública para a inovação, coordenação e disseminação.

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